segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Quando o músico corre perigo - Por Daniel Souza

                Sinais de que o músico está correndo perigo - A vida ministerial tem alguns termômetros. É importante ficarmos de olhos bem abertos e atentos ao que está acontecendo conosco no presente, pois, é um sinal da realidade que nos espera no futuro.

Geralmente o músico não se preocupa com muita coisa a não ser com a própria música. Tendemos a imprudência, com nossa própria vida e, conseqüentemente, ministério.

Quero afirmar, porém, o amor e cuidado que o Senhor tem para com seus filhos. Não somos simplesmente músicos; somos filhos amados de Deus.

A área musical na igreja é tão preciosa e importante para cooperar com a vontade de Deus! É por essa razão que tem sido alvo das armadilhas do inimigo.

Estejamos atentos. Sejamos sóbrios e vigilantes, como nos ensina a palavra (1Pe.5.8).

A partir de algumas áreas analisaremos se nosso ministério corre perigo ou não. Que o Senhor nos ajude a ter um ministério firme e frutífero.

ÁREA 1 - Comunhão com Deus

* Pouco contato com a palavra - sinal de perigo

Deus se revela a nós através de sua palavra. Além disso, a palavra é um recurso poderoso para que sejamos santificados.

Não ler a bíblia é um dos piores males que podemos causar a nós mesmos. É um grande sinal de perigo.

Para meditar (Jo.5.39; Jo.17.17; Cl.3.16)

* Vida pobre de oração - sinal de perigo

Quem não ora não pode se considerar nem íntimo e nem dependente de Deus. Se a oração sempre teve destaque na vida de Jesus o que nos resta, músicos?

Para meditar (Ef.6.18; Cl.4.2; 1Ts.5.17)

*Desvalorização do jejum - sinal de perigo

O jejum nos ajuda muito na guerra contra a carne. Nosso ventre não é nosso deus (Fl.3.19). Quem nunca jejua deve questionar se de fato o espírito governa o corpo (Rm.12.1)

Para meditar (Mt.6.17,18; 2Co.6.4,5)

* Não ter tempo a sós com Deus - sinal de perigo

O Senhor sempre e em todo lugar está conosco e nós com ele. No entanto, relacionamento verdadeiro com Deus significa separar um tempo exclusivo para Ele. Prioridade e exclusividade são características do amor verdadeiro.

A bíblia nos mostra Jesus valorizando momentos a sós com o Pai.

Para meditar (Mt.14.23; Mc.1.35; Lc.5.16)

ÁREA 2 - Comunhão com a família

* Não investir tempo com a família (cônjuge, filhos, pais, irmãos - e isso individualmente) - sinal de perigo

Quem não investe tempo com sua família está edificando seu ministério na areia. A família necessita de tempo para fortalecer seus laços. Se os laços da família são frágeis, o músico também é frágil.

Muitos músicos estão vulneráveis aos ataques do diabo por não compreender a importância do investimento de tempo na família.

Músicos casados, vocês ainda separam pelo menos um dia para sair e namorar seu cônjuge? Músicos pais, vocês conseguem separar tempo exclusivo com seus filhos? Músicos solteiros, vocês tem irmãos? Vivem em comunhão com eles? Gostam de estar juntos?

Para meditar (Mt.22.37-39; Gl.6.9; Ef.5.16)

* Esconder a família - sinal de perigo

Conheci um cantor que retirava sua aliança do dedo e a guardava no bolso quando ia ministrar à igreja. Em outro caso, mantive uma amizade de vários anos com um irmão sem nunca ter conhecido sua família.

Muitos ministros nem pensam na possibilidade de ter a companhia de seus cônjuges e filhos nos lugares onde vão ministrar. Isto é um péssimo sinal. Permita conhecerem sua família.

Para meditar (Rm.12.10; 13.7)

* Se sentir incomodado no lar - sinal de perigo

Não é só no mundo que algumas pessoas preferem outros lugares a seu próprio lar. Infelizmente, esta é a realidade de alguns em meio à igreja.

Além de um porto seguro, o lar é também um lugar de aperfeiçoamento. Querido músico, você precisa de sua família mais do que pensa.

Se você não se sente à vontade em sua própria casa, algo está errado.

Conheço alguém que diz exercitar a renúncia todas as vezes que tem de sair de casa para ministrar. Em uma de suas músicas, Marcos Witt diz que só consegue ficar longe de seu lar por causa de Jesus. Ele expressa a saudade que sente de seus filhos nesta canção considerada, ao menos por mim, uma prova da saúde de seu ministério.

Para meditar (Pv.27.8; 1Pe.3.7)

* Não ver a família como o primeiro ministério - sinal de perigo

É impressionante e verdadeira a seguinte frase: "a família vem antes do ministério".

A primeira responsabilidade que temos diante do Senhor é o cuidado com nossa própria família. E esse cuidado se torna prático através do amor do marido, da submissão da esposa, cuidado dos pais para com os filhos através do suprimento espiritual, emocional e físico, além da disciplina, da honra e obediência dos filhos a seus pais e do amor dos irmãos. Família e ministério se fundem.

Para meditar (Ef.5.22-6.4; Cl.3.18-21; 1Tm.3.5)

Fonte: http://www.linksdejesus.com/artigos.asp?nart=332

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A disciplina no louvor

                       Por Ramon Tessmann

É de praxe vermos equipes musicais enfrentando uma série de problemas com seus integrantes. Problemas causados por mau comportamento (mau testemunho), pecado, mágoa, inveja, fofocas, contendas, falta de dedicação, falta de compromisso, e outros, obrigam líderes e pastores a se questionarem no fato de como podem ou devem exortar e disciplinar os levitas de suas comunidades. Muitos têm tentado, com sucesso, realizar este árduo trabalho, outros tentam, sem sucesso, mas com sincero esforço, buscar a melhor maneira de aconselhar um músico.

Infelizmente, ainda vemos igrejas tratando os problemas do ministério de música de forma errada (às vezes são excessivamente liberais, às vezes excessivamente rígidos), trazendo conseqüências desastrosas às pessoas envolvidas. Histórias envolvendo líderes e liderados descontentes uns com os outros não são difíceis de se encontrar. O primeiro tópico que quero tratar (a seguir) é o problema da disciplina rígida e a liberal, antes de tratar de bons conselhos concernentes à exortação e aconselhamento. Bem, vamos adiante!

A disciplina rígida

Alguns grupos cometem o erro de disciplinar (julgar ou exortar) os seus membros de forma tão rígida que esta atitude acaba, em alguns casos, se tornando uma grande injustiça. Por exemplo, eu conheço uma igreja que não permitiu que alguns de seus músicos trabalhassem no culto por eles estarem estudando a noite, o que os fazia estar disponíveis para ensaios apenas nos finais de semanas. Sei que alguns destes músicos eram bastante dedicados, tinham o coração voltado a Deus e acima de tudo, eram preparados musicalmente e espiritualmente para desempenhar a tarefa.

Como outro exemplo, cito o caso de um guitarrista que no início de sua vida cristã há alguns anos atrás, acabou partindo para a agressão física com outra pessoa, por um motivo qualquer. Um presbítero (hoje desviado), ao ver esta cena disse aos brados: Você nunca mais pisará o pé num púlpito para tocar guitarra! Felizmente este guitarrista é hoje uma bênção na casa de Deus, e aquela maldição proferida não surtiu efeito, glória a Deus! É triste ver que alguns líderes e pastores têm tratado os seus músicos como se eles fossem inimigos da igreja, esperando ansiosamente para castiga-los, humilha-los, para dizer que são preguiçosos, que não possuem musicalidade, etc. Muitos ainda os comparam com os músicos de outras igrejas, rebaixando os seus e exaltando os outros. Depois reclamam que Deus não envia músicos para a sua comunidade. A verdade é que o líder deve saber agir com amor, paciência e com alguma rigidez, dependendo do caso, mas sempre sabendo controlar os seus sentimentos. Sabemos que os músicos são pessoas difíceis de lidar, e às vezes leva tempo para que eles tenham uma visão madura. Com certeza, a falta de flexibilidade pode trazer várias conseqüências desagradáveis ao grupo de louvor.

A disciplina liberal

Um outro erro que observamos é o dos líderes que não dão a mínima para o grupo de louvor que Deus pôs em suas mãos. A cegueira faz com que os dirigentes deixem os músicos fazerem a maior algazarra no grupo, onde qualquer um faz o que quer, e o que bem entende. Ás vezes, é engraçado, e de certo modo triste, vermos músicos tendo mais autoridade que seus líderes, mandando e desmandando aonde querem.

Certamente a bagunça não é algo que Deus tem prazer em ver dentro de sua casa. É necessário também tocar no assunto da santidade. É com pesar no coração que vemos igrejas permitindo que seus músicos vivam e continuem a viver no pecado. Amiúde encontramos instrumentistas e cantores cristãos vivendo em adultério, em vícios, envolvidos em contendas, fofocas, etc. Ou músicos que não se dedicam, que não têm compromisso com Deus, etc. Nos espantamos ao ver algumas pessoas se defenderem dizendo: Todos são pecadores! É verdade que todos somos pecadores, mas devemos buscar a santidade dia após dia, fugindo do pecado. De outra forma, não seremos sal da terra, luz para o mundo, e não também não poderemos ministrar na casa de Deus!

Como disciplinar

O primeiro ponto a se olhar no que se concerne à disciplina, é cuidar para não ser liberal ou rígido demais. Sabemos que sem santidade, uma pessoa não deve nem subir no púlpito para servir. Concluímos então, que quando um músico comete um pecado em público, ele deve ficar no banco até se concertar com Deus e com os membros do grupo. Nós, do Ministério Vida Nova e vários outros grupos de louvor, adquirimos esta regra: Quem está em pecado perante a igreja nunca é chamado para trabalhar. O tempo de disciplina varia de caso para caso, e isto é o líder do ministério de música quem decide.

Antes de aconselhar, exortar ou disciplinar, o líder deve ter uma conversa séria e sincera com o músico. Costumo pensar que muitos dos problemas existentes nos grupos de louvor de hoje, poderão ser resolvidos na conversa, sem exigir medidas drásticas. Um exemplo que se encaixa perfeitamente nisto é o caso do músico que já tem seu sustento próprio (vida profissional), mas não está devolvendo o seu dízimo ao Senhor. Neste caso, uma boa conversa deve bastar. Infelizmente, em alguns casos de erro, uma boa conversa resolve o problema, mas não resolve as conseqüências, pois as mesmas só se apagarão com o tempo. Cito como exemplo o caso de dois músicos que se agridem fisicamente, em público. Como sabemos, eles poderão se perdoar no mesmo dia, mas como a briga foi em público, levará um certo tempo até "baixar a poeira". Neste caso, algum tempo de disciplina não fará mal a estes dois músicos. Ao se exortar, vários fatores devem ser levados em conta. Se um músico estiver envolvido numa fofoca ou contenda, a primeira coisa a fazer é ouvir este levita, ouvir as pessoas envolvidas, constatar se não há segundas intenções no coração de quem proferiu as fofocas, etc. Assim estaremos cortando o mal pela raiz, sabendo realmente de quem foi erro e qual o tipo de aconselhamento que deve ser dado.

Outra questão a ser tratada é a da preguiça espiritual ou musical. Quase todas as igrejas enfrentam o problema do instrumentista ou cantor que não se dedica à obra em que foi chamado, ou não é compromissado com Deus e o grupo. Nestes casos, os líderes devem ter paciência para ensiná-lo e deixar claro que dali para frente haverá uma maior cobrança no que se refere à dedicação e esforço pessoais.

Conclusão

Amados, sei que cada caso é diferente do outro. Situações e pessoas diferentes são envolvidas em cada um deles, mas é bom ter cuidado para não haver rigidez ou liberdade em excesso. Por fim, digo que a atitude mais importante e óbvia a se fazer, é pedir direção de Deus para cada situação. Creio que Deus revolverá cada problema e colocará no coração do líder as palavras certas para a exortação, o aconselhamento ou à disciplina de um músico! Lembre-se sempre: Deus é quem está no controle!



Um abração em Cristo Jesus
Ramon Tessmann
http://www.vidanovamusic.com/ramon
ramon@vidanovamusic.com

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ministrando aos Homens ou a Deus? por: Ramon Tessmann

"...servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens..." (Efésios 6:7).

As dificuldades que um dirigente de louvor confronta enquanto está conduzindo o povo na adoração congregacional são inúmeras. Dentre as mais corriqueiras e mais discutidas entre os líderes e dirigentes está a excessiva preocupação com a aprovação e agrado dos homens no que diz respeito a sua performance. Na verdade, alguns expõem que a dificuldade está no fato de que nos prendemos demais naquilo que nossos olhos enxergam (o povo, o homem) e esquecemos de adorar "em espírito e em verdade" (ou seja, não dirigimos o louvor a Deus, mas ao povo).

Percebo que muitos dirigentes estão com o coração aflito por causa deste problema. Eles estão com a consciência pesada pois sabem que durante o culto se esquecem (involuntariamente) dAquele que deveria ser o centro de todas as atenções. Alguns já me confessaram totalmente contristados: "Irmão, me ajuda porque eu não consigo me concentrar em Deus, estou muito preocupado com as pessoas!".

Há algum tempo atrás enfrentei este problema. Sentia-me culpado porque media o sucesso da minha direção na resposta, no "feedback" da igreja. Se eu percebia que o louvor estava fluindo e os irmãos estavam cantando conosco com toda a avidez então concluía que Deus estava "aceitando" a adoração. Se nalgum dia a igreja não estivesse disposta a cantar, então era porque Deus não queria ser louvado, não era dia de louvor, ou seja, os ares espirituais estavam muito tenebrosos (que triste conclusão!).

É um erro pensar que as músicas que agradam as pessoas, são as mesmas músicas que agradam a Deus e são as mesmas que Ele quer ouvir no mesmo momento em que as pessoas querem ouvir. Às vezes, pecamos ao pensar que Deus é apenas mais um na platéia, que a opinião de Deus tem o mesmo peso que a opinião do irmão José. A voz do povo não é a voz de Deus! O povo é o povo e Deus é Deus!

Muitas vezes já falei coisas durante o culto que desagradaram a homens, mas agradaram a Deus. Por outro lado, já falei palavras e cantei músicas para agradar a homens e acabei desagradando a Deus (e por isso me arrependo profundamente). Alguém poderia perguntar: "Então quer dizer que só tenho que cantar e ministrar palavras que desagradam os homens, para agradar a Deus?". Naturalmente, não. Haverá momentos que o que Deus quer falar vai agradar os homens, vai levar o povo à presença dEle. E aí haverá a tão desejada fluência no louvor, porque a vontade de Deus vai ser valorizada, vai ter peso. Já foi dito: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10). 

O que quero trazer à luz neste artigo é que os dirigentes de louvor devem estar mais preocupados com Deus e sua vontade do que com o que o povo vai pensar ou falar de sua performance. Assim os dirigentes podem ficar mais descansados e em paz, pois fazer a vontade de Deus é infinitamente melhor do que fazer a vontade dos homens. Prefiro ser avaliado e julgado por Deus do que pelos homens. Então, meu irmão, descanse em Deus e se preocupe em ministrar a Ele. Deus é misericordioso, já o povo não tem piedade (Marcos 15:14). Procure agradar a Deus. Quanto aos homens... bem, prepare-se... algumas vezes haverá críticas, insatisfação, desagrados, julgamentos e condenações. Quanto a Deus... Ele estará sorrindo para você!

No amor de Cristo,
Ramon Tessmann

Fonte: http://www.musicaeadoracao.com.br/artigos/adorador/ministrando_homens_ou_deus.htm