
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Uns São e Unção
Uns São e Unção | |
Pr. João A. de Souza Filho | |
Nestes últimos dias ouvimos experiências, as mais diversas, de pessoas que testemunham que receberam algum tipo de unção. Unção do leão, unção da águia, unção dos quatros seres viventes – imagine o que poderiam fazer com unção assim – unção da lagartixa, etc. Só não ouvi testemunho algum de alguém que tenha recebido unção do quebrantamento, unção da obediência, unção da paz, etc. Isso tem me preocupado, porque analisando as experiências de homens de Deus tanto no Antigo como no Novo Testamento não encontro este tipo de unção. Encontro homens ungidos, capacitados, que operam milagres de Deus na terra; homens e mulheres com unção, mas não uma unção específica. Folheando os arquivos da história da igreja também nos deparamos com muita unção; gente que viveu as mais estranhas experiências espirituais, mas nunca uma unção específica. Eram pessoas ungidas com o Ungido. Explico. É que na Bíblia não encontramos tipos específicos de unção. Encontramos ungidos com a Unção! Mas o que é unção? João responde: “E vós tendes a unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento... Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou” (1 Jo 2.20,27). Esse é um dos únicos textos da Bíblia que fala da unção como uma coisa concreta, não um fluído, um som, um vento. Ainda que na experiência de se ter o Espírito Santo a sensação que se sente mexe com a alma, as emoções, o que se recebe é algo concreto; recebe-se a própria Pessoa do Espírito Santo que passa a residir em nós! João deixa claro que a unção vem de Deus; que ela traz conhecimento; que nos ensina, e que não é falsa. Isto posto, transparece a idéia de que existe unção que é falsa, que não vem do Santo e que não traz conhecimento! Algumas coisas que precisamos entender. Primeiro. A unção é uma experiência que começa na conversão. É quando o Espírito de Deus passa a residir Segundo. Os discípulos receberam o Espírito Santo a primeira vez em João 20.22, e depois foram cheios novamente em Atos 2.4 e depois novamente em Atos 4.31! Ser cheio do Espírito Santo uma vez não garante unção para sempre. Precisamos ser cheios do Espírito Santo todos os dias, continuamente! É algo que ocorre “mediante o seu Espírito no homem interior” (Ef 3.16) e que deve ser cultivado de nossa parte, para que nos enchamos sempre do Espírito. “Enchei-vos do Espírito”, diz Paulo (Ef 5.18). Terceiro. Se a unção é algo concreto que recebemos de Deus – por que, então, perdemos o vigor do Espírito, ou sentimos que vazamos da unção? Uma das respostas está Quarto. Em 1 João 2.20,27 unção é conhecimento divino. A presença do próprio Espírito Santo. Quinto. Unção é também separação como nos Salmos 45.7; 89.20. Jesus foi separado, ou ungido pelo Pai, conforme Isaías Is 61.1 fato que se cumpriu Finalmente unção é delegação de autoridade (1 Sm 16.12-23 na unção de Davi e 1 Rs 1.39 na unção a Salomão e que depois é ungido novamente (1 Cr 29.22). – Aqui um precedente: Pode-se ungir (autorizar uma pessoa) várias vezes perante o povo para que este respeite a autoridade de Deus sobre ela! Conclusão: Unção é Habitação de Deus em nós. Unção é inteligência de Deus em nós; é separação. É delegação de autoridade! A unção é completa e não se manifesta apenas como leão e águia, símbolos de força e altivez, mas como bezerro e homem, símbolos da humildade e de humanidade! Se alguém teve uma experiência com o Espírito Santo e a experiência a deixou orgulhosa, insubmissa, rebelde, achando que é melhor que os outros; posso garantir que é falsa e que não veio do Espírito da verdade! A verdadeira experiência com o Espírito Santo nos deixa mais humildes, serviçais e nos faz calar. Unção, portanto, é a Presença do Espírito Santo em nós. Alguns, no entanto, confundem unção com manifestações. A unção pode vir acompanhada de todo tipo de manifestações, mas nem sempre as manifestações significam que temos unção. Às vezes uns são! |
QUANDO O ARTISTA, A ARTE E O ADORADOR OCUPAM O LUGAR DE QUEM DEVE SER ADORADO - Por Nelson Bomilcar
QUANDO O ARTISTA, A ARTE E O ADORADOR OCUPAM O LUGAR DE QUEM DEVE SER ADORADO - Por Nelson Bomilcar | |
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Caetano em uma de suas canções mais inspiradas sobre São Paulo, lembrou-nos a presença e força de Narciso no coração das pessoas, clamando por aceitação e reconhecimento ou determinando nossos conceitos estéticos do belo. No princípio do século XX o conceito de personalidade começou a circular no meio cinematográfico. Imaginava-se que a personalidade era constituída das qualidades que caracterizavam as pessoas famosas nesse novo ramo de entretenimento. Esses eram os "astros" que se destacavam na multidão: narcisistas obcecados por chamar atenção para si mesmos. A propaganda foi usada para incitar e manipular o consumo e seus bens, produção que aumentou após a Segunda Guerra Mundial. Ela procurava ditar o que deveríamos "precisar", "desejar", e o que nos "tornaria felizes". O culto da auto-realização tornou-se um alvo terapêutico e o culto da pessoa era o caminho da felicidade. Estas noções impregnaram o contexto religioso e social de maneira geral. Noções de auto-importância acentuavam conceitos fantasiosos de liderança e da arte, fantasias de sucessos, poder, brilhantismo e beleza ilimitados, que frustram os que perseguem a realização da alma. Exibicionismo gerando falsas expectativas, sentimento de que o mundo "lhe deve algo" e quando a pessoa não é reconhecida, sente-se inferior, humilhada, com vergonha por não ter conseguido "vingar". Cria-se um ambiente favorável para a exploração interpessoal, busca-se a competição e o desejo de ver possíveis rivais frustrados e inferiorizados, desaparecendo a empatia e a sensibilidade com os outros. Junte o narcisismo, a propaganda e o contexto de comércio que se cria, e temos uma "equipe" nociva, destruidora e conspiradora contra as boas motivações, valores éticos e morais, e valores do Reino de Deus. Todos os que atuam na área da música e da adoração, principalmente artistas, autores, compositores e grupos que deixaram registrados suas produções em CDs, DVDs, fitas, livros, etc, passam pela experiência da exposição de sua criação, arte e pensamento em busca também de reconhecimento e aceitação. Junto com a fome de sucesso, caminham em agenda paralela e não oficial (porém é a realidade do coração humano), pois a resposta "oficial" e politicamente correta, se argüidos, à buscar a glória de Deus e ser uma benção para os outros. Resposta automática e instantânea. Mas, as tentações se apresentam sempre. Como diz o querido pastor Enéas Tognini, "elas continuam as mesmas: a barra de ouro, a barra da saia e a coroa de glória". Pastores e conferencistas tem vivenciado esta experiência também, quando suas mensagens e palestras são transformadas em "produtos" para serem comercializados. As pressões aparecem de todos os lados, dentro e fora, para serem transformados em objetos de culto e adoração, através do sucesso ou da aceitação na mídia. Vê-se pastores, escritores e líderes de louvor conceituados, participando em programas que pregam o que eles mesmos não acreditam, ou que seus próprios ensinos ou cânticos delatam, mas vestidos de cara de pau e incoerência, fazem tudo para não desprezarem a "oportunidade" de sucesso, aceitação e venderem mais. Tudo muito triste, pois perdem credibilidade e deixam de ser referenciais. O engano da falsa unidade! Os modelos de fora que aportaram em nossas livrarias e igrejas fomentam o reconhecimento, o culto ao ego; os dons que devem "brilhar" e "serem promovidos", as metas que precisam ser atingidas, e você não pode ser um Zé Mané, discreto, sem aspiração de aparecer, que é logo descartado ou ignorado. Buscar o reconhecimento e sucesso pode alavancar crescimento de nosso selo, gravadora, igreja, missão ou ONG e não podemos abandonar este caminho, dizem alguns. O Dr. James Houston, fundador do Regent College no Canadá, ensinou que "a última manobra do ego é o cultivo do narcisismo espiritual, isto é, o uso do inconsciente da prática, para aumentar ao invés de reduzir sua própria importância; a busca espiritual e a coisas e práticas espirituais passa a ser um processo ou jornada de auto-engrandecimento, ao invés de uma jornada de aprofundamento da humildade". Calvino e Wesley mostram que, quando não buscamos a felicidade e a glória de Deus, transformamos a vida religiosa em auto-promoção. A pessoa acredita que Deus a escolheu especialmente para ter habilidades excepcionais e fazer coisas especiais para Ele. O cara que começou aquele "grande ministério", juntou tremendo patrimônio, o homem do descarrego 110 e 220V, que luta contra os demônios B ou C, o músico que enche estádios e aeroportos, �酅olha o narcisista aí, gritando e precisando ser satisfeito. Hoje, gravadoras, editoras e igrejas evangélicas copiam os modelos secularizados das gravadoras e editoras seculares (até com competência) sem critérios, modelos de gestão em seu negócio, buscando transformar o artista, o líder, ou a denominação na "sensação" nunca vista antes, que tem "uma unção" que ninguém nunca teve, que não deve ter contato pessoal com os outros simples mortais cristãos apreciadores de seu trabalho, apenas no meio da massa. Contam com nossos corações narcisistas, consumistas e sedentos de sucesso. Vivi a experiência duma geração que fazia tudo por amor mesmo (pastores, missionários, jovens, artistas ou não) e quanto mais desafios, melhor. Quando nos achávamos mesmo servos (inúteis, porém alegres), movidos em servir ao Senhor pela causa que abraçamos, constrangidos pelo amor de Deus por nós, ou pelo amor às pessoas que atingíamos com nosso ministério e com nossa música, ficávamos realizados. Tempos em que tínhamos alegria de ter contato com o público o tempo todo e não éramos transformados em seres impessoais, não ficávamos reclusos por orientação dos "empresários" evangélicos (não existiam ainda), nos hotéis cinco estrelas ou spas logo após as "gloriosas apresentações", diga-se de passagem, devidamente pagas com cachês astronômicos. Quer ter contato com o artista ou pregador? Lamento, tente mandar um e-mail, entre no site dele, inscreva-se no seu "fã" clube, aguarde aquela noite de autógrafos quem sabe em sua cidade, e não se esqueça, ore por ele e compre seu material!!! Se o trouxermos para nossa cidade para um evento, provavelmente, você não chegará perto de tamanha "efem�ride", pois foi mitificado e se tornou objeto de adoração, alguns com segurança e tudo. Estamos sempre tentando cultuar o "narciso" que existe dentro de nós, o nosso ego, até porque, ele teima em comandar nossos sonhos, aspirações, e intenções do coração. Esta é uma herança indiscutível de nossa natureza adâmica. Natureza que busca o reconhecimento de sermos considerados pequenos deuses, objetos de culto e admiração, sem noção de nossa finitude, do Deus Infinito a quem servimos, e da realidade do sucesso transitório e efêmero. Somente o Espírito Santo para dominar "este espírito". Pode parecer que não defendo o sustento digno de seus trabalhadores e dos artistas, que tem sido, diga-se de passagem, explorados pelas próprias gravadoras e igrejas ao longo dos anos ou que acho não ser possível mostrar a criação para os outros. Não é este o raciocínio ou intenção deste artigo. Temos que honrar aqueles que tem procurado viver seriamente e honestamente da arte e da pregação. E para isto devemos ter critérios e maturidade. Tenho um amigo muito chegado, grande pregador, que disse que agora ele "só canta" e a mensagem vai "de lambuja", para não ser humilhado após conferências e congressos vendo os artistas ganhando "polpudos cachês" e ele, que "somente" pregou, ganhar aquela oferta vergonhosa de se dar. Mas temos que reconhecer, na "linguagem de hoje", Jesus teria que espantar os vendilhões do templo, das sacadas do templo, do telhado do templo, das imediações do templo. A pergunta que não quer calar: como lidar para que não se instale e se cultive o Narciso em nossas vidas? Quais vacinas para repelir este "vigoroso" vírus do sucesso e autopromoção, que muitas vezes pode nos afastar do Deus que quer ser adorado e reconhecido? Vírus solto no meio dos que estão na adoração, arte ou mesmo ministérios. Este é o retrato: qualquer um cria ministério ou monta uma igreja, qualquer um tem CD, publica livro, fita, do zelador ao tesoureiro da igreja, do bispo cantor ao segurança da igreja, da filha do diácono ao genro do coordenador da escola dominical. Somos transformados em produtos agora, deixamos de ser pessoas, agora aspirantes a adorados e reconhecidos, roubando muitas vezes o lugar Daquele que deveria ser adorado, admirado e cultuado. Conformando-nos facilmente com isto, amoldamos a nossa consciência e ética cristã de forma distorcida e justificamos tudo e a todos. Temos que resistir! Deus nos ajude! | |
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Nelson Bomilcar é um dos idealizadores do ISA. Para saber mais acesse em "Quem Somos". Ou a sua página pessoal, www.nelsonbomilcar.com.br Fonte: http://www.seradorador.com.br/index.php?pag=artigos&acao=Ler&id=32 |
segunda-feira, 28 de julho de 2008
As Armadilhas na Área da Música
É fácil perceber que alguns pecados tem acompanhado a vida de muitos músicos e cantores cristaos, prejudicando a santidade e a comunhao com Deus.
Os primeiros passos para uma vida de santidade podem ser dados fugindo das obras da carne, reveladas em Gálatas 5.19,20 e 21: "...a prostituiçao, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facçoes, as dissensoes, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias...", e outras impurezas relatadas em 2 Co 12:20: "...contendas, invejas, iras, porfias, detraçoes, mexericos, orgulhos, tumultos..".
Apesar desta grande variedade de obras da carne, quero focar nosso estudo em cima do orgulho, da soberba e da idolatria, e de outras armadilhas que veremos a seguir. Vejo que tais erros tem prejudicado em muito a vida espiritual dos músicos e cantores cristaos, o que um dia já aconteceu comigo. Observe:
1 - O Orgulho:
O orgulho é o elevado conceito que alguém faz de si próprio ou amor-próprio exagerado. Este é um sentimento que todo ser humano muitas vezes esconde no coraçao. Dentro do ambiente da música evangélica, por exemplo, é muito fácil encontrar cristaos envaidecidos pelo conhecimento de louvor, espiritualidade, experiencia musical ou por qualquer outra qualidade que possuem. Por esta razao, o pecado do orgulho é o primeiro problema que decidi pôr em pauta neste capítulo.
Quando a palavra orgulho é mencionada neste estudo, sua citaçao inclui todas as suas palavras relacionadas e sinônimas: vanglória, soberba, vaidade, presunçao infundada e outras. Para iniciar esta parte, vamos partir de alguns trechos fundamentais da Palavra de Deus, seguindo suas explicaçoes:
1.1 - Cuidado com a Vanglória: Gálatas 5:25,26: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Nao nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros".
Quando o levita se deixa possuir de vanglória, ele está cometendo dois erros básicos: roubando a glória de Deus e quebrando a comunhao com os irmaos do grupo. O texto acima deixa claro que quando a pessoa deseja glória para si, ela provoca as pessoas que a rodeiam, o que acaba criando barreiras entre os membros do grupo.
No trecho acima, a Bíblia ordena que nós nao nos deixemos possuir de vanglória. Podemos perceber facilmente que uma palavra está intimamente associada a este assunto: os elogios. Tenho visto que muitos músicos cristaos sobem a plataforma para ministrar, esperando ansiosamente por elogios de homens. Este sentimento de ansiosidade ataca os levitas geralmente em eventos onde um grande número de pessoas está envolvido. Todos devem esperar pelo elogio que vem do Senhor, e Ele honrará conforme o seu tempo.
1.2 - A Importância da Humildade no Corpo: Romanos 12.16: "Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei1 com o que é humilde; nao sejais sábios aos vossos próprios olhos".
(1) - condescender = concordar, aceitar, transigir.
A Bíblia deixa claro que os cristaos nao devem tratar uma pessoa diferentemente da outra, mas devem ter o mesmo sentimentos uns para com os outros. Nesta parte do livro quero abrir parenteses ressaltando a importância da humildade no corpo de Cristo. Em 1 Coríntios, o apóstolo Paulo compara a Igreja aos nossos corpos físicos, onde cada membro tem uma funçao especial, mas todos trabalham juntos. Ele diz: "O corpo nao é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque nao sou mao, nao sou do corpo; nem por isso deixa de ser corpo. ...Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve". Paulo continua: "Há muitos membros, mas um só corpo. Nao podem os olhos dizer a mao: Nao precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés" (1 Cor. 12:14-21). Paulo ainda acrescenta que até os membros do corpo que pareçam ser os mais fracos ou os menos úteis sao necessários para que o corpo seja perfeito. Portanto, ninguém pode se orgulhar por algum motivo especial, porque a Palavra diz: "...condescendei com o que é humilde".
Em Romanos 12:3 a 5, a Bíblia diz: "Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que nao pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderaçao, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros tem a mesma funçao, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,...".
1.3 - Ninguém Julgue Ser Alguma Coisa: Gálatas 6:3: "Porque, se alguém julga ser alguma cousa, nao sendo nada, a si mesmo se engana".
Dentro da área musical das igrejas, muitos cristaos tem sido cegados pelo orgulho musical ou espiritual. Isto acaba atrapalhando a obra de Deus. Ao contrário do que vemos por aí, ninguém deve se julgar um bom músico ou um músico espiritual, e se orgulhar nisso. A Bíblia é clara: quem alimenta este sentimento, a si mesmo se engana.
Algum tempo atrás, ouvi um testemunho a respeito de um músico recém convertido numa igreja evangélica na cidade de Nova York. Sua história relata que ele foi tomado por um sentimento de orgulho no início de sua caminhada crista. Como bom cantor e pianista que era, ele pensou que logo após ter aceitado Jesus, seria chamado para cantar e tocar na igreja. Passando-se algum tempo, vendo ele que isto nao acontecia, disse ao seu pastor: "Eu quero trabalhar na obra de Deus! O que eu posso fazer na igreja?". O pastor sabiamente respondeu: "Peque este desintupidor de pia e comece a trabalhar!".
A história acima serve de grande exemplo para nós. Quando uma pessoa é tomada pelo sentimento do orgulho, Deus a coloca lá embaixo. Porém quando a pessoa vive em humildade, Deus a seu tempo a honrará, como já mencionei anteriormente. Ele começa a trabalhar na vida de uma pessoa quando ele encontrar humildade no coraçao dela.
Todos as pessoas que desejam ser usados por Deus, devem estar constantemente orando para que pensamentos e sentimentos soberbos nao entrem em seus coraçoes. Acredito que humildade é uma virtude agradável aos olhos de Deus e um bom início para aqueles que desejam trabalhar nesta área ministerial.
2 - O Show:
Por causa do grande crescimento da música gospel2 nestes últimos tempos, alguns pensamentos extra bíblicos tem afetado o verdadeiro propósito de louvor e adoraçao para o povo de Deus revelados nas Escrituras. É fácil perceber em muitos lugares, que o louvor a Deus está sendo transformado em show, com a finalidade de trazer prazer e entretenimento ao homem. Muitos músicos tem levado na mente um conceito errôneo da palavra inglesa gospel e tem influenciado os jovens a pensar do mesmo modo.
(2) - gospel = god + spell = Palavra de Deus = Evangelho
Antes de mais a explicaçoes sobre o tema quero que o leitor entenda o significado da palavra show quando ela for citada nesta parte deste estudo:
1 - A palavra show deriva da língua inglesa significando apresentaçao. O verbo to show significa mostrar, apresentar, revelar, expor, etc. No dicionário Silveira Bueno de língua portuguesa show se define como espetáculo; apresentaçao musical ou teatral.
2 - Quando a palavra show for citada neste livro, ela abrangerá a apresentaçao musical em si e outras palavras relacionadas, tais como: contrato profissional, cache, empresários, cobrança de ingressos, dinheiro, etc.
Creio que a música utilizada como veículo de louvor a Deus nao deve ser utilizada da mesma forma que a música secular. Este é um problema que facilmente encontramos atualmente. Muitos cristaos tem profissionalizado a música evangélica atual, ganhando rios de dinheiro com isto. Por este motivo, devemos ter cuidado para nao trocar gato por lebre, relembrando a parábola do joio e do trigo.
Há músicos cristaos, hoje em dia, que mudam de igreja ou equipe musical quando começam a achar que nao vao ter um "futuro promissor" nela. Eu, pessoalmente, creio que a música crista deve almejar diferentes propósitos e ter diferentes visoes. Eu nao posso acreditar que ela deva visar dinheiro, lucro, fama, ou qualquer outro motivo nunca citado nas Escrituras.
Algum tempo atrás, um grupo musical cristao muito conhecido foi convidado para vir a Criciúma com o fim de apresentar o seu trabalho as igrejas locais. A estadia deste grupo foi bastante divulgada em pequenos panfletos distribuídos dias antes do "show". Reflita no anúncio publicado:
GRANDE SHOW:
VENHA LOUVAR AO SENHOR COM A BANDA XXXXX !!!
Venha participar deste grande evento onde o pastor XXXXX estará orando por todos!!!
DIA: XX / XX / XX
VALOR DO INGRESSO: R$ 15,00
Ao ler este anúncio, comecei a me indagar sobre o primeiro problema que percebi: "Se algum irmao nao tiver condiçoes financeiras para adquirir o ingresso, ele nao poderá louvar a Deus ou receber oraçao como os demais?".
Um outro problema é que o envolvimento com shows pode prejudicar gravemente as pessoas. Alguns anos atrás, um pastor de uma cidade vizinha contratou um famoso cantor para ele estar no estádio de futebol da cidade ministrando. O valor do cache foi fechado em R$ 20.000,00. No dia do evento caiu uma forte chuva e pouquíssimas pessoas compareceram ao local da apresentaçao. No final da história este pastor teve que vender a casa para pagar o empresário do cantor. Este fato serve de exemplo para todos aqueles que estao envolvidos com a música crista. Na hora de contatar um grupo para ministrar, questione em pensamento: "Se nós dissermos que nao temos condiçoes financeiras para pagar o cache ao grupo, será que eles virao louvar do mesmo jeito?".
É importante que os músicos cristaos criem uma posiçao crítica sobre tudo o que acontece ao redor no ambiente cristao. Há muitos músicos e cantores "disfarçados" que se dizem de Deus, mas possuem alvos e propósitos extra bíblicos. A própria Bíblia nos manda vigiar, isto para que nao sejamos confundidos. Em nenhuma parte das Escrituras nos deparamos com situaçoes onde os levitas cantavam e faziam apresentaçoes para o povo. A verdade é que todo o povo louvava a cantava ao Senhor juntamente com os diretores de música e cantores.
Podemos perceber que nos shows, as atençoes nao sao voltadas a Deus, mas sao geralmente direcionadas a banda que está no palco. Muitos ainda, vao a shows para buscar prazer ao corpo ou um divertimento diferente. Este é outro problema. No livro dos Salmos, Davi enfatiza inúmeras vezes a ordem de louvor direcionada a Deus (Sl 9.11, 18.3, 21.13, 27.6,...). "Louvai ao Senhor", "Salmodiarei ao Senhor", "Cantai ao Senhor", "Engrandecei o Seu Nome", "Celebrai com júbilo ao Senhor", etc. Percebemos que havia uma certa preocupaçao de Davi em conduzir o seu louvor direcionado a Deus e agradá-lo com suas músicas e poesias. Davi entendia o que era louvar a Deus e o fazia bem feito. Este é o propósito da música!
Ouvimos muitos irmaos dando "desculpas" para tocarem shows dizendo que foram chamados para trabalhar com música evangelística. Nada contra isto, mas observamos facilmente que o verdadeiro propósito de muitos é ser reconhecido pelas pessoas e nao ganhar almas para Cristo. Algumas bandas procuram cantar em festas mundanas, concursos musicais e quermesses, dizendo que vao testemunhar de Jesus, porém, muitas vezes isto nao acontece. Nestes casos o estilo de vida dos músicos cristaos começa a passar uma imagem ruim para a sociedade.
As pessoas devem ter em mente que, num período de louvor, todos somos o palco e Deus é o auditório. Ele está sabe tudo o que fazemos em cima do palco e sabe se estamos cantando com sinceridade ou nao.
3 - A Idolatria:
Ao iniciar esta parte quero dar algumas explicaçoes essenciais sobre a pessoa idólatra e a idolatria. Observe:
Idólatra = é o adorador de ídolos.
Idolatria = é o culto que é prestado aos ídolos.
Idolatrar é prestar culto a algum deus ou ídolo. Porém este deus ou ídolo nao precisa necessariamente ter a forma de uma pessoa ou divindade. Algumas pessoas, por exemplo, podem tratar o dinheiro como um deus, tornando-o um objeto de culto e adoraçao. Outras podem colocar líderes religiosos acima de Deus, oferecendo a vida por eles. Sabendo o conceito de idolatria, muitos deverao se perguntar: O que a idolatria tem a ver com a música crista? Vejamos abaixo:
Como todos sabem, a música crista tem enfrentado um espantoso processo de crescimento nestes últimos anos. Podemos perceber que cantores evangélicos tem sido reconhecidos, músicas lindíssimas tem sido compostas, novos grupos de louvor tem se formado, etc. É uma verdadeira revoluçao! No entanto, apesar desta rápido expansao, muitos problemas tem se infiltrado na área musical das igrejas. Um destes problemas é a idolatria musical, como estudaremos a seguir.
A idolatria musical é um pecado escondido, nos coraçoes de muitos músicos e cantores cristaos. No entanto, é extremamente fácil encontrar pessoas que sao apaixonadas pela música, por instrumentos musicais ou sao fas de cantores evangélicos conhecidos.
Dependendo do caso, a idolatria musical de um levita pode abalar profundamente uma equipe de louvor, criando uma série de problemas. Quando um cristao coloca a música acima de Deus, podemos ter certeza que todo o seu grupo corre o risco de ser prejudicado. Voce pode estar se perguntando como isto pode ocorrer.
Eu, pessoalmente, conheço músicos que só participam dos cultos quando sabem que vao ministrar. Há alguns que se forem impedidos de tocar ou cantar, largam a igreja e saem dos caminhos do Senhor. A pessoa com idolatria musical dificilmente participa de oraçoes, vigílias ou estudos bíblicos, porém sempre tem tempo para ensaiar. Para o músico idólatra, a parte mais importante do culto é quando pega o instrumento para tocar. Muitos chegam a esperar ansiosamente por este momento. Estes sao exemplos de idolatria que podem causar um efeito prejudicial na área musical.
Um problema que também observo é que o músico idólatra tem a mania de profissionalizar a música crista, tratando dela como se estivesse no mundo dos negócios. É fácil perceber o envolvimento de contratos, caches, shows e eventos, marketing, direitos autorais e outras características mundanas que já vimos anteriormente. Esta prática acaba fazendo com que bandas gospel, shows evangélicos e até mesmo alguns ritmos se tornem objetos de adoraçao das pessoas. A idolatria musical acaba realmente levando os levitas a se desviarem do propósito de Deus para música.
Um outro problema sério é que a idolatria nao deixa o músico se envolver tanto com a obra de Deus, ou seja, nao há tempo para o trabalho da igreja. Ele, muitas vezes, é freado por um objeto de adoraçao que possui, tendo a possibilidade da dar pouca atençao a Deus e muita atençao a música. Podemos constatar também que o músico idólatra é raramente uma pessoa disponível para a obra. Todo o levita que age desta maneira deve ser ensinado pacientemente pelo seu líder ou pastor.
Para finalizar esta parte quero revelar que o meu objetivo com este estudo nao é condenar a pessoa que gosta de música, nem ao menos esfriar o amor que as pessoas tem por ela, mas os músicos cristaos nao devem coloca-la em primeiro lugar de suas vidas. Todos podem amar a música e usá-la para o louvor e a glória de Deus, porém sem te-la como objeto de adoraçao. É sugestao muito boa é que os músicos compensem o tempo dado a música, com um tempo de atençao a Deus, seja orando, jejuando, adorando, ...
4 - O Sentimentalismo:
Como já sabemos, a melodia de uma música possui um certo poder de inferencia sobre a mente das pessoas. Por esta razao, o sentimentalismo é uma armadilha facilmente encontrada na arte musical. Vejamos:
Quando os músicos se deixam levar pelo lado emocional, o período de louvor da igreja pode ser prejudicado pela falta de flexibilidade dos mesmos. Isto porque o sentimentalismo leva as pessoas a dar preferencia apenas as coisas que lhes agradam, seja no ministrar, na escolha dos cânticos, no estilo musical, etc. As pessoas param de consultar a vontade de Deus antes de louva-lo e nao olham para o público alvo como um todo. Portanto, aqui estao dois problemas sérios:
1 - O sentimentalismo faz o grupo de louvor agradar a minoria da igreja, sendo que cantam apenas um estilo musical;
2 - Muitas vezes os músicos nao pedem a direçao de Deus para escolher o estilo musical compatível com determinadas reunioes especiais (evangelismo, louvor e adoraçao, família, etc)
O sentimentalismo nao acompanha somente o grupo musical. Todos sabemos que as pessoas possuem o seu lado emocional e podemos perceber que na arte musical elas demonstram isto com mais facilidade. Observe esta frases que normalmente ouvimos e que pode expressar o sentimentalismo:
-Por favor, vamos cantar a música tal. Ela é tao linda!
Muitas vezes, a pessoa que a profere nem entendeu ou meditou na mensagem que a música traz, mas ela foi tocada pela melodia.
A questao do agradar um irmao também é um problema sério na área musical. O sentimentalismo leva as pessoas a tentarem agradar um irmao através do cântico de sua preferencia. Outro dia, alguém me pediu que o grupo de louvor entoasse um cântico porque o pregador daquela noite gostava muito dela. É muito comum isto acontecer na área musical da igreja.
O gosto musical humano nao deve de maneira alguma estar a frente de um ministério de louvor. É fácil percebermos que muitos músicos cristaos tem seguido a linha dos cânticos favoritos. É comum ouvirmos:
-Vamos cantar esta música porque a igreja gosta muito dela!
Acredito que Deus deve se questionado até sobre os cânticos a serem ministrados.
O sentimentalismo influencia os grupos de louvor a cantarem apenas as "músicas de sucesso" tocadas nas rádios. Muitas dessas músicas nao trazem edificaçao, mas se tornam sucessos por terem melodias ou por serem interpretadas por cantores evangélicos conhecidos. Por outro lado, há cânticos que tem profundo conteúdo espiritual e trazem mensagens lindíssimas, mas sao simples em melodia.
Como já disse anteriormente, Deus deve ser requisitado para conduzir completamente o grupo de louvor. Em outras palavras, o sentimentalismo humano nao deve influenciar os músicos a ponto de atrapalhar a vontade de Deus nas situaçoes onde Ele quer agir!
...um abraçao em Cristo Jesus e até a próxima,
Ramon Tessmann
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Playtech - Dicas Musicais
Video aula de guitarra. Muito interessante!! Também tem arquivos pdf pra baixar.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
ADIMB - Assembléia de Deus - Interlagos
Muitas dicas importantes para os músicos das igrejas
sábado, 24 de maio de 2008
Los Aristogatos - Escalas y arpegios

do, mi, sol, do, do sol, mi, do
el solfeo es necesario en música
practicar escalas y arpegios
y se canta desde el pecho
y no por la "nariuz"
al cantar escalas y arpegios
ya veras que con el diario practicar
bien se puede en poco tiempo progresar
do, mi sol, mi, do mi, sol, mi
fa, la do, la do
canta tus escalas y arpegios
do, mi, sol, do
do, mi sol, do, do, sol ,mi, do
do, mi, sol, do, do, sol, mi, do
y aunque fácil no lo sea al comenzar
practicando se consigue dominar
si gran musico deseas ser un dia tu
canta escalas y también arpegios
Los Aristogatos - Todos quieren ser ya Gato Jazz.

Todos quieren ser ya Gato Jazz
porque ellos son de los que más saben sincopar.
Cierto! Todos quieren ya tocar
el felino jazz.
La música suave quedó atrás.
Cómo el vals y el tango!
Si escucha un buen jazz
no ambiciona uno más.
Ritmo sabrosón.
Ya cuadrillas no hay
porque en la actualidad
impera el jazz.
Hay muchos que son
sólo burda imitación
pues sólo saben ruido hacer
sin coordinación.
El jazz se debe improvisar
y sincopar,
para eso sólo sirve
ser un Gato Jazz.
Se escucha el trombón
o un buen saxofón
al improvisar.
No hay quien pueda aguantar
sin ponerse a bailar
o también rascar.
Y todos quieren ser ya Gato Jazz
y poder improvisar el jazz de verdad.
Si tocas jazz un rey serás
por donde vas.
Por eso todos quieren ser ya Gato Jazz.
Si me quieren escuchar
vamos el ritmo a cambiar
en blues que salga desde el corazón.
En otro tono hay que tocar
para que yo logre cantar
y que me ayude en la improvisación.
Los otros gatos llegarán
y un buen lugar escogerán
pues todos quieren escuchar,
de nuestra música gozar.
Todos quieren,
todos quieren,
todos quieren
ya ser Gato Jazz...
domingo, 11 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Classificação vocal
Você, provavelmente, já está familiarizado ou, pelo menos, já ouviu falar em termos como: Soprano, Contralto, Tenor e Baixo. São as vozes de uma forma de composição bem conhecida: o coral, cujo nome também, popularmente, representa o grupo de pessoas que executa a tal composição (pode-se chamar, mais corretamente, o grupo de coro).
Mas estas não são as únicas possibilidades de classificação das vozes.
Vamos, em primeiro lugar separar as vozes em agudas, médias e graves.
A voz aguda feminina é o Soprano e a masculina é o Tenor. São as vozes encontradas com maior abundância no Brasil.
A voz média feminina é o Meio-soprano (ou Mezzo-soprano) e a masculina é o Barítono. Também são encontradas no Brasil, mas bem menos em relação às vozes agudas.
A voz grave feminina é o Contralto e a masculina o Baixo. São vozes raras no Brasil. O Baixo ainda encontramos, mas o Contralto verdadeiro é raríssimo e tem partituras interpretadas por Mezzo-sopranos Dramáticos (ver mais abaixo). A maioria dos coros tem de valer-se de Barítonos para cantar a linha dos Baixos dos corais. Por outro lado, a Rússia é um exemplo de abundância em vozes médias e graves, notório em seus coros, por outro lado são escassas as vozes ligeiras (sobre as quais falaremos mais abaixo).
Faço aqui um parêntese para um esclarecimento vital. Todos nós já nascemos com um tipo de voz. Nossa voz é o resultado de várias características físicas que herdamos de nossos pais. Por isso, é impossível um Tenor "desenvolver" uma voz de Barítono. Vai, sim, desenvolver sérios problemas vocais se tentar. Deus fez você com esta voz. É um presente dEle a você. Não "fabrique" uma voz que não é a sua. Vai estragar sua voz. E esta, nesta vida, é uma só.
Agora atente para a subdivisão das vozes (veja também a tabela):
Vozes femininas:
Algumas mulheres, devido a problemas hormonais ou disfunções do aparelho fonador, adquirem uma voz atenorada. A extensão destas vozes é bem curta (às vezes, de no máximo uma oitava) dificultando o desenvolvimento no trabalho de técnica vocal.
É também importante mencionar a corrente moda que supervaloriza a voz grave feminina. A situação, embalada ao som da música comercial, está crítica, causando confusão no referencial das pessoas. Além de classificações erradas (Sopranos classificados como Mezzo-sopranos e, pasmem, como Contraltos), temos uma atitude prejudicial tanto à saúde quanto à estética da voz, com o incentivo de se cantar só na sua região grave e, na maioria das vezes, forçando muito. Seja ela Contralto, Mezzo-soprano ou Soprano, a voz tem uma tessitura grande, e uma composição agradável e de bom senso estético a utiliza como um todo. É ridículo legar à voz feminina, seja ela de que tipo for, uma região ínfima que não passa de poucas notas no grave. Vozes graves também tem agudos bonitos se bem colocados tecnicamente.
Vozes masculinas:
Para referências auditivas com vozes treinadas acesse os sites:
(*) www.epdlp.com/musica.php (site em espanhol, fácil de entender), clique em "cantantes" e selecione os cantores sugeridos neste artigo com:(*) para conhecer seu timbre em uma gravação e um pouco de sua história (o site dá algumas classificações equivocadas no histórico. Siga as informações deste artigo que foram conferidas com bastante cuidado e esmero com professores de confiança).
(**) www.handelmania.com/21st.htm (site em inglês) clique na foto do cantor sugerido neste artigo com: (**) e ouça uma gravação para conhecer o timbre.
(***) Os Castratti: eram os homens que eram castrados quando meninos, antes da puberdade, para a preservação da voz aguda de soprano, mezzo-soprano ou contralto (quando mezzo-soprano ou contralto também chamado de contratenor) num corpo maior, conseqüentemente mais potente. Isso se devia ao fato de que não era permitida a participação da mulher nos serviços religiosos (ver parágrafo sobre contratenores), a não ser nos conventos femininos obviamente. Isso aconteceu a princípio por incentivo à uma vida celibatária em monastérios por parte da Igreja Católica (principalmente nos séc. XVI e XVII, e na sua maioria na Itália). Só depois veio a ser feito com intuitos musicais. No séc. XVII se tornaram muito populares também nas Óperas, pois demonstravam grande virtuosismo e técnica. Alguns se tornaram verdadeiras celebridades da época. O último Castratto de que se tem notícia foi Alessandro Moreschi (1858-1922)(*), cantor italiano do qual se tem o único registro fonográfico desse tipo de voz. Apesar da gravação muito antiga (1902) e do cantor estar longe tecnicamente da qualidade dos Castratti famosos, vale a pena conferir a gravação para se ter uma idéia do timbre.
Um grande abraço. Que Deus abençoe vocês.
Até a próxima,
Marcio dos Santos
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Música na igreja - Por C. S. Lewis
Há duas situações musicais nas quais eu creio que a benção está presente. Uma delas acontece quando um sacerdote ou organista, ele próprio uma pessoa, treinada e de gosto refinado, de forma humilde e carinhosa, sacrifica seus próprios anseios – todos esteticamente corretos – e entrega ao povo uma porção mais humilde e simples, crendo que, assim, conseguirá levá-los para mais perto de Deus.
A outra situação ocorre quando outra pessoa, totalmente ignorante em termos musicais e artísticos, ouve humilde e pacientemente uma obra que é incapaz de apreciar por inteiro, crendo que, de alguma forma, ela glorifica a Deus. Caso não edificar aquele ouvinte inculto, ele assume que a falha deve estar nele, e não no executante.
Nem o erudito nem o ignorante devem se desviar desse caminho. A música terá sido um canal da graça para ambos; não a música que os agradou, mas aquela que os desagradou. Ambos sacrificaram e ofereceram seus gostos no mais profundo dos sentidos.
Mas no lado oposto dessas situações, quando o músico se enche de orgulho de suas habilidades ou é contaminado pelo vírus da emulação e olha com desdém para a congregação que não apreciou seu desempenho, ou ainda quando o inculto se fecha em sua ignorância e conservadorismo, olhando, com a hostilidade típica do complexo de inferioridade, para todos aqueles que desejam melhorar seu gosto – aí, então, podemos estar certos de que tudo o que ambos ofereceram não é abençoado, e que o espírito que os motiva não é o Espírito Santo.
Intenção Musical
A mim parece muito importante definer cuidadosamente a forma, ou as formas, de música que podem glorificar a Deus. Num certo sentido, todos os agentes naturais, mesmo os inanimados, glorificam a Deus continuamente, revelando o poder d’Aquele que os criou. Neste sentido nós, como agentes naturais, fazemos o mesmo. Neste nível, nossas más ações, ainda que demonstrem nossas habilidades e força, podem ser consideradas como glorificação a Deus, assim como nossas boas ações. Uma peça musical excelentemente tocada, como uma ação natural que revela em um alto grau os poderes peculiares dados aos homens, irá sempre glorificar a Deus, qualquer que tenha sido a intenção do músico. Mas esta é uma forma de glorificar que nós compartilhamos com ´as feras e os grandes abismos´, com o ´gelo e a neve´. O que é procurado em nós, como homens, é uma outra forma de glorificar, que depende da intenção. Quão fácil ou quão difícil pode ser para um coral inteiro preservar a intenção durante as discussões e decisões, todas as correções e desapontamentos, toda a rivalidade e ambição, que precedem a apresentação de um grande trabalho, eu ( naturalmente) não sei. Mas é da intenção que tudo depende. Se for bem sucedido, eu acho que os artistas são os mais felizes dos homens: privilegiados como mortais para honrar a Deus como anjos e por alguns poucos preciosos momentos, ver espírito e carne, trabalho e gozo, talento e adoração, o natural e o sobrenatural, todos fundidos numa unidade que deveria ter existido antes da queda.
Extraído de um ensaio entitulado ‘On Church Music’ (Sobre música na igreja) de C. S. Lewis que pode ser encontrado numa publicação atual chamada ‘Christian Reflections’ publicada por Wm. B. Eerdmans Publishing Co. ISBN: 0802808697.
Fonte: http://www.vineyardmusic.com.br/treinamento-artigos.asp?p=1&idA=130
terça-feira, 29 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Tu me amas ? - Por Luciano Subirá
- Necessidade de auto-avaliação
- O amor pode crescer
- O amor se expressa em ações
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Impregnado de adoração
Impregnado de adoração
Talvez eu esteja generalizando, mas via de regra tenho a impressão de que a maioria das vezes em que somos orientados a exercitar a adoração, algo soa como a sugestão de uma ação que deveria surgir do sentimento de “obrigação religiosa”. Parece-me que temos sido estimulados a fazer adoração e, sinceramente, nada soaria mais estranho ao princípio Cristão, ensinado nas Escrituras, do que tal atitude.
Adoração pode estar, sucintamente, sendo transformada numa mera tarefa psicológica travestida de cunho “espiritual”.Não resta dúvida de que adoração tem caráter de ação. Porém, adoração não é movida por obrigação, mas pela condição existencial e pela realidade natural do coração. Se o que falei lhe pareceu confuso ou estranho, contemple o exemplo de Maria: sua adoração não foi comandada pelo anjo, mas vazou dos poros de sua mais profunda condição espiritual. Adoração fazia parte do seu ser. Adoração não foi uma tarefa para Maria, mas a resposta que ela manifestou à ação do Eterno em seu espírito. Adoração foi a reação de Maria.
VIDA E VIVÊNCIA
Ao longo dos anos presenciamos diversas reviravoltas no cenário litúrgico cristão: versões diferentes de hinos e hinários; mobílias que inspiram e/ou facilitam a “adoração” (bancos, cadeiras ou poltronas?); liturgia tradicional ou renovada; adoração reformada, pentecostal ou profética. A lista de exemplos poderia se expandir imensamente. Não que eu pense que estas fases sejam ruins, ilegítimas ou que já tenham findado. Pelo contrário, creio que são pertinentes, uma vez que o Corpo é um só, mas a diversidade de seus membros deve ser respeitada. E, ainda, vejo que nossa condição humana — tão volúvel — e a transitoriedade de nossos posicionamentos sociais podem nos levar a adotar expressões litúrgicas totalmente diferentes uns dos outros. A grande questão, no entanto, tem a ver com a essencialidade da adoração. Repetidas vezes ouvimos e afirmamos: “adoração é um estilo de vida”. Uma vez que essa declaração tem se tornado um de nossos muitos clichês, urge o momento de mudarmos nossa tática. Alguém já disse, há muito tempo, que “o maior ensino é o exemplo”.
Em nossa cultura religiosa, estilo de vida pode ser algo entendido de maneira parcial e tendenciosa, dependendo exclusivamente do contexto religioso, teológico e denominacional no qual está inserido. Portanto, penso que deveríamos conectar duas expressões existenciais em nossa adoração: vida e vivência.
A vida é a essência do nosso ser, quem somos. Ela pode ser vista e compreendida a partir do que somos. Se uma visita celestial veio ao nosso encontro (Jo. 1:10-14), tal como se deu com Maria, a vida passou a impregnar o nosso ser (II Co. 5:17). Uma ação divina se instaurou na direção de nossa existência. O favor de Deus se manifestou em nosso caminho e, por causa disso, somos levados a reagir a todo o momento, em todas as circunstâncias, dentro e fora das reuniões e dos templos, com o mais ardente espírito de adoração. Isto diz respeito agora à nossa vivência.
Existimos como adoradores. Todas as nossas atitudes agora devem expressar disponibilidade total de serviço e cumprimento da vontade de Deus, tal como foi a reação de Maria e o mandamento do nosso Senhor (Mt.6:33). Se adoração se tornar característica de nossa vivência, ela deixará de ser um elemento litúrgico ou rótulo de iniciativas ministeriais para se manifestar, novamente, como expressão de rendição e verdadeira demonstração de amor ao Senhor: um amor que transcenderá às costumeiras declarações que fazemos em nossos cânticos. Isso por que, segundo o Senhor Jesus os que o amam são aqueles que obedecem à sua palavra (Jo. 14:21,23).
A adoração é, enfim, uma reação que surge de um espírito impregnado de voluntariedade, disponibilidade e serviço. Foi isso o que Deus achou em Maria. Isso faz com que mudemos a nossa perspectiva de adoração e, ainda, a nossa expectativa de culto. Afinal, se Deus vem a nós, em nossos encontros, reuniões e cultos, a nossa atitude adoradora deve ser uma só: “Reina em mim e cumpra em minha vida a sua vontade!” Amém.
Artigo extraído do site www.vineyardmusic.com.br
Falsa Adoração - http://www.gospelmais.com.br/artigos/340/falsa-adoracao.html
Falsa Adoração
Qual é a adoração que Deus realmente espera de nós? Qual é o som e a canção que Ele verdadeiramente espera de nós? Será que nossos dons e talentos fazem algum barulho no trono de Deus? Será que Ele consegue ouvir canções e vozes lindas, mas corações ocos e vazios? Qual é o verdadeiro som que ecoa no céu?
Formas: barulhos, músicas, contrição, canções.
Adoração: vida, passos, escolhas, obediência, entrega, amor, perdão, compaixão. Adoração em verdade gera frutos, barulhos que refletem o que nós somos. Precisamos fazer barulhos que refletem a verdade em nós.
Deus quer que cantemos a canção do Seu coração. O salmista fazia isso. Que tipo de adoração eu e minha geração temos oferecido ao Senhor?
Amós 5:10 - A verdadeira adoração gera quebrantamento.
Deus quer a geração que acolhe o perdido, o necessitado, que tenha compaixão dos órfãos, viúvas = Ação da Adoração.
Precisamos deixar os púlpitos, largar o microfone e descer na verdadeira adoração. Sabem quais são os maiores adoradores para Deus? Talvez nem conhecemos seus nomes, porque estão nas favelas, morros, em outras nações.
É muito fácil cantarmos ao Senhor, ficamos cheios do nosso ego e ainda de brinde ganhamos exposição, mas é no lugar mais perigoso onde o diabo trava a batalha. Por isso precisamos estar firmes e inabaláveis. Onde nada corrompe, porque a minha vida não está baseada em barulhos e sim na verdade. Suba a um nível de adoração. Deseje os perdidos. Vá ao nível de responsabilidade social.
Um CD é conseqüência da sua intimidade com Deus e isso não é nada para o Senhor. O reconhecimento dos homens pode roubar o que Deus tem para você.
Líderes caindo, Sauls: é a história das outras gerações, mas Deus está levantando a geração de Samuel, de Davi, incorruptível. Uma geração que não troca sua primícia por um prato de lentilhas, que não troca sua vida de santidade por minutos de prazeres.
Deus não nos chamou somente para cantarmos música, isso já temos feito muito bem, já estamos experientes. Ele quer que estejamos em um nível maior.
Humildade X Soberba
Renúncia X Egoísmo
Simplicidade X Poder
Chega de histórias escritas por homens, Ele quer escrever a história da sua vida. Esta falsa adoração se refere a pastores que não vivem o que pregam, ministros que estão longe de fazerem o que falam. Afaste de mim a prostituição das suas ações, porque eu conheço o seu coração. Falsa adoração, Amós 5:10 ao 27: lábios lisonjeiros e bajuladores, falsidade, hipocrisia...
Só entregamos verdadeira adoração como noivas. Como prostituta, só ofereceremos a falsa adoração Oséias 2:2 ao 20: Contudo trarei a Minha glória, a Minha presença.
Oséias significa o amor de Deus pela prostituta. A igreja religiosa, é como uma prostituta que procura amantes: palco, sucesso, luxúria, dinheiro (mamon), ministério, reconhecimento, dons, talentos, gravações (venda da presença de Deus), crescimento quantitativo. Tudo e todos, que você coloca em primeiro lugar na sua vida além do Senhor, significa prostituição espiritual e isso gera pecado em sua vida.
Deus nos chamou e tem nos dado tudo, mas precisamos nos posicionar. Davi fez um censo no templo sem direção de Deus. Ficar contando quanto você já fez não vale nada para Deus. Você pode ir para qualquer lugar do mundo, se esconder na caverna, até no Hawaii, Deus te pega e continua com o propósito que Ele tem para você, Ele te levantou como um referencial. Você está marcado, não tem mais jeito. Que responsabilidade!
Em que nível você está e que tipo de adoração você tem oferecido a Deus? Superficial e muitas vezes de falsidade? O que cantamos temos que viver.
Antes de escolher cantar, escolha viver!
Artigo extraído do site www.adorando.com.br