segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tu me amas ? - Por Luciano Subirá

Amor ao Senhor


19 de Janeiro de 2006

Tu me amas?

por Luciano Subirá


No ano de 1994 Deus falou comigo de uma forma diferente. Eu era ainda novo no ministério, com apenas alguns poucos de experiência como pregador. Ainda era solteiro e na ocasião morava na cidade de Guarapuava, no Estado do Paraná, onde por nove anos auxiliei no estabelecimento e pastoreamento da Comunidade Vida. Era uma quinta-feira, e tudo começou durante um delicioso almoço que eu havia desfrutado na casa de dois irmãos queridos: Barbosa e Dirlei. A irmã Dirlei disse que sua filha Tássia havia tido um sonho muito impactante naquela noite, e queria que ela pudesse compartilhar comigo; na ocasião ela tinha apenas sete anos. Ressaltou que ela quase não havia conseguido compartilhar com eles, pois se emocionava ao lembrar a experiência e tentar contá-la.
 
Lutando contra o choro, aquela menina contou que havia sonhado com um de nossos cultos, e vira quando eu subira à plataforma para pregar. Naquele momento ela viu o telhado de zinco do barracão onde nos reuníamos ser enrolado e se abrir, bem como os céus acima de nós. Então ela viu o Senhor Jesus descer dos céus até o púlpito da igreja. E de forma gentil Ele me abraçou e disse que eu poderia me sentar porque Ele é quem pregaria para a igreja naquela noite.
 
Tento imaginar o que foi esta experiência para aquela irmãzinha na ocasião. Eu que não sonhei nada, apenas a ouvi, fui envolvido por uma indescritível sensação da presença de Deus.
 
Teríamos um culto naquela noite e eu sabia que a mensagem não era literal, mas sabia que Deus estava tentando falar comigo. Quase não suportei esperar a hora de chegar em casa para orar e buscar ao Senhor, e quando o fiz, fui muito visitado pelo Senhor. Sabia que Deus queria fazer algo diferente naquele dia. Foi então que, entre lágrimas e soluços supliquei ao Senhor que me ajudasse a entender o que estava acontecendo e o que ele queria me falar com aquilo. E ouvi o Espírito Santo dizendo claramente que eu deveria deixar de lado a mensagem que havia preparado, pois Ele queria falar com a igreja algo muito específico. Me fez entender que a mensagem do sonho não era a de que eu deveria me sentar literalmente, mas deixar de lado o que eu queria falar para que Ele pudesse falar com sua igreja.
 
Decidi de imediato abandonar o esboço que se encontrava pronto e questionei o que Deus queria comunicar naquela noite. Então ouvi o Espírito Santo falando pela segunda vez de uma forma muito clara: "Estou tentando falar com a minha Igreja desde o culto de domingo e vocês não me permitiram".
 
Nesta hora, as escamas caíram de meus olhos e pude ver e entender tudo tão claramente. Era quinta-feira. Tivemos o culto de domingo à noite e uma reunião na terça-feira à tarde, e esta seria nossa terceira reunião naquela semana. No fim da reunião de terça-feira à tarde, a irmã Maria, que estava conosco desde o início da igreja havia me contado uma experiência incomum.
 
Relatou-me que no culto de domingo tivera uma visão fantástica. Apesar de estar com seus olhos abertos e todos os sentidos funcionando normalmente, viu o teto de zinco do barracão onde a igreja encontrava-se instalada naquele tempo ser enrolado para os lados e então viu o céu também se abrir e viu uma pessoa gloriosa. Seu rosto brilhava como o sol e ela não podia ver sua forma, pois era difícil contemplar aquele brilho. Viu também que ele estava envolvido em chamas até a altura de sua cintura e rodeado de anjos. Um de seus braços se encontrava estendido para o lado e pela cicatriz em sua mão ela soube para quem estava olhando. Com a outra mão estendida em direção da igreja, e com o dedo em riste ele perguntava em alta voz: "Tu me amas?"
 
Repetiu este ato por três vezes seguidas e sua voz parecia um trovão. A irmã Maria disse que achou que todos viam e ouviam o que ela estava presenciando, mas como percebeu que todos reagiam normalmente como em qualquer outra reunião, entendeu se tratar de uma visão. Ela ficou tão impactada que sequer teve coragem de falar a respeito da experiência. Suas forças sumiram e praticamente ficou de cama até nosso culto da terça-feira à tarde, ao fim do qual me contou a visão. Perguntei-lhe se entendia que aquela mensagem era só para ela ou se era para toda a igreja. Ela estava convicta de que era para toda a igreja. Chamei-lhe a atenção por não ter falado nada antes, pois duas reuniões haviam se passado sem que pudéssemos compartilhar com a igreja.
 
Mas apesar de ter lhe chamado a atenção, não pedi que ela falasse nada na próxima reunião e nem sequer orei sobre isto. Não entendo como pude ser tão insensível, mas fui. Amo o mover profético na igreja e creio no fluir dos dons do Espírito Santo para a edificação do corpo, mas confesso que não sei porque não pensei mais naquilo. Não é todo dia que pessoas recebem de Deus uma visão aberta e sonham desta forma. Mas mesmo diante de tudo isto, demorei tanto para entender o que o Senhor queria falar. Isto tem me ensinado que nem sempre estamos tão receptivos ao Espírito Santo como achamos estar. Então chegou a quinta-feira, dois dias depois de ter ouvido sobre aquela visão aberta. E agora havia uma nova visão me chamando a atenção para o fato de que o Senhor queria falar com a sua igreja.
 
Hoje, ao olhar para trás e me lembrar destas experiências, sinto-me como os discípulos no caminho de Emáus. E me pergunto: como não vi e entendi antes o que o Senhor estava tentando nos dizer? Mas sob uma forte visitação do Espírito Santo percebi naquela quinta-feira à tarde que aquele era um momento profético de correção e ensino para mim a para toda a igreja. E questionei: "Pai querido, o que o Senhor quer falar com sua igreja?"
 
E novamente fui surpreendido pela clareza da voz do Espírito Santo. Deixe-me dizer que não experimento isto sempre; esta foi uma forma incomum de ouvir ao Senhor e receber um esboço de mensagem. Mas foi assim que aconteceu. Ele me perguntou qual texto da Escritura Sagrada me vinha à mente ao recordar a visão que a irmã Maria tivera. Abri em João 21 onde Jesus fala assim com Pedro e li o texto várias vezes, mas não conseguia entender o que havia ali. Então o Espírito Santo me mandou alistar três tópicos na folha de papel que trazia à mão, e falou comigo como nunca falara antes.
 
Cheguei a ter algumas experiências parecidas nestes últimos nove anos, mas foram poucas. E isto me fez entender a importância do assunto e a natureza da comissão que ele me dava: repartir isto com a sua igreja. Nestes anos que se seguiram preguei sobre o assunto poucas vezes e só agora sinto que chegou o tempo de escrever e compartilhar isto com a Igreja do Senhor de forma mais abrangente.
 
Estou certo de que Deus falará ao seu coração. Esta não é só uma palavra de ensino, é um chamado profético de Deus à sua Igreja. Portanto, “quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2.29). Naquele dia o Senhor falou muito comigo sobre o nosso amor para com Ele. E tudo começou a partir deste texto bíblico:
 
“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas”. (João 21.15-17)
 
Nesta ocasião Ele me deu três princípios extraídos desta conversa que teve com Pedro, transcrita nos versículos acima:
 
  1. Necessidade de auto-avaliação
  2. O amor pode crescer
  3. O amor se expressa em ações
Nas próximas páginas quero falar um pouco sobre cada um deles.
 
A NECESSIDADE DE AUTO-AVALIAÇÃO
 
O primeiro princípio que o Senhor me mostrou naquele dia foi que todos temos a necessidade de passar por uma sincera auto-avaliação de nosso amor. Por que o Senhor pergunta por três vezes sobre o mesmo assunto?
 
Na verdade, Jesus não precisava perguntar acerca de coisa nenhuma, visto que após sua ressurreição e conseqüente glorificação, o atributo da onisciência do qual Cristo se despira temporariamente voltara a operar em plenitude na sua vida. Então, se sabia todas as coisas e ainda assim questionou a Pedro, concluímos que o fez não por necessidade da resposta, mas para conduzir o apóstolo a uma sincera auto-avaliação.
 
Creio que o que o Senhor queria era justamente isto; levar Pedro a olhar dentro de si mesmo e reconhecer onde ele estava em relação ao seu amor a Cristo. Muitas vezes podemos até nos enganar em nosso julgamento, sobre o quanto amamos ao Senhor. O profeta Jeremias declarou, pelo Espírito Santo:
 
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9)
 
Vemos isto de forma específica na vida do apóstolo Pedro; ele achava que seu amor por Jesus era muito maior do que aquilo que veio a demonstrar depois. Pelas promessas que fez (e não cumpriu) percebemos que ele estava enganado acerca do amor que achava ter pelo Senhor:
 
“Então, lhes disse Jesus: Todos vós vos escanda-lizareis, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas. Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia. Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais! Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. Mas ele insistia com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. Assim disseram todos.” (Marcos 14.27-31)
 
“Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais!” Você percebe esta mentalidade em Pedro? Ele se achava tremendamente fiel ao Senhor, mas estava prestes a descobrir que não era tudo o que pensava ser. E embora nosso enfoque esteja em Pedro, que se achou melhor que os outros, note que cada um deles disse que se preciso fosse morreria com Jesus. Eles realmente acreditavam em sua espiritualidade e fidelidade!
 
Mas na hora em que Cristo foi preso, todos fugiram (Mc 14.50). Nenhum deles ficou por perto. Mesmo não abandonando completamente a Jesus, Pedro permaneceu à distância, de onde pudesse satisfazer sua curiosidade do que viria a ocorrer, mas ao mesmo tempo salvar sua pele.
 
“Pedro seguira-o de longe até ao interior do pátio do sumo sacerdote e estava assentado entre os serventuários, aquentando-se ao fogo.” (Marcos 14.54)
 
E foi este distanciamento que o levou ao passo seguinte, já antes profetizado pelo Mestre: negar a Jesus.
 
“Estando Pedro embaixo no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote e, vendo a Pedro, que se aquentava, fixou-o e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno. Mas ele o negou, dizendo: Não o conheço, nem compreendo o que dizes. E saiu para o alpendre. [E o galo cantou.] E a criada, vendo-o, tornou a dizer aos circunstantes: Este é um deles. Mas ele outra vez o negou. E, pouco depois, os que ali estavam disseram a Pedro: Verdadeiramente, és um deles, porque também tu és galileu. Ele, porém, começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais! E logo cantou o galo pela segunda vez. Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. E, caindo em si, desatou a chorar.” (Marcos 14.67-72)
 
Mateus declara em seu evangelho que Pedro chorou amargamente. Marcos enfatiza que ele irrompeu em prantos assim que “caiu em si”. O fato dele ter caído em si quando o galo cantou, mostra que até então estava um pouco fora de si. Nosso coração muitas vezes nos engana, levando-nos a achar que amamos mais do que realmente amamos. Pedro havia fantasiado seu amor e fidelidade ao Senhor; construíra também um sentimento de grandeza em si, e de repente tudo foi para o chão. Ele descobriu que não era tão forte assim; descobriu também que há uma grande distância entre o que achamos ser e o que de fato somos. É por isso que o Novo Testamento enfatiza muito o cuidado para que não nos enganemos a nós mesmos. Na carta aos romanos, Paulo declarou: “...digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém, antes, pense com moderação...” (Rm 12.3).
 
Uma avaliação superficial talvez não nos leve a compreender quão falho ainda é o nosso amor. E não enxergando nossa fragilidade, estamos impedidos de crescer e buscar a maturidade. Examine seu coração. Peça ao Espírito Santo que lhe mostre onde você realmente se encontra no que tange ao amor ao Senhor.
 
O AMOR PODE CRESCER
 
O segundo princípio que o Senhor me mostrou naquele dia foi que nosso amor pode crescer. Descobrir nosso aspecto falho nesta matéria não deve nos levar a um lugar de culpa ou condenação, e sim de estímulo ao crescimento. Quando reconhecemos a distância a que estamos do alvo, devemos nos sentir ainda mais impulsionados a alcançá-lo.
 
Lembre-se que antes Simão Pedro achava que amava ao Senhor Jesus à ponto de dar sua própria vida por Ele, e de repente veio a descobrir que não era tudo o que pensava ser e nem tampouco amava tanto quanto achava. E depois de sua decepção, Pedro passa a achar que não amava tanto o Senhor; é dentro deste dilema vivido pelo apóstolo, que Cristo o leva a examinar-se a si mesmo e localizar-se espiritualmente onde ele verdadeiramente estava quanto ao seu amor.
 
Vemos isto na maneira como as perguntas lhe foram feitas pelo Senhor e pela promessa que ele lhe fez depois delas. Há um jogo de palavras no original grego que não percebemos na tradução do Português; trata-se da palavra “amor”. O grego usa palavras diferentes para conotar expressões diferentes do amor; se a referência ao amor é física, sexual, então a palavra grega empregada é “eros”; se a conotação do amor for fraternal, então é “fileo”; e quando trata-se um amor perfeito, intenso, do tipo de Deus, a palavra usada é “ágape”. No português não temos este tipo de distinção; contudo, Jesus usou diferentes tipos de palavras na conversa com Pedro.
 
Na primeira pergunta, Ele diz: "Tu me amas (ágape)?"
 
E Pedro lhe responde: "Tu sabes que te amo (fileo)."
 
Na segunda vez se dá o mesmo, Jesus pergunta se Pedro o ama no nível mais alto de amor – ágape – e Pedro reconhece que ama, mas nem tanto: seu amor era só fileo. Como não consegue levar Pedro ao seu nível, Jesus desce ao dele e na terceira vez lhe pergunta: "Tu me amas (fileo)?"
 
E então Pedro diz: "Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo (fileo)."
 
É como se por mais uma vez ele afirmasse: "O meu amor não vai além disto e eu não quero me enganar de novo."
 
Portanto para as perguntas de Jesus a Pedro: “Você me ama?”, as respostas foram: “Senhor, você sabe que eu gosto de você”. Mas a beleza desta conversa está no fato de que, ainda que Jesus não tenha ouvido da boca de Pedro que ele o amasse a ponto de morrer, o Mestre afirma que Pedro ainda viria a glorificar a Deus através de sua morte:
 
“Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras. E disse isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isso, disse-lhe: Segue-me”. (João 21.18,19)
 
Ao dizer a Pedro que ele morreria, Jesus estava declarando que chegaria o dia em que ele amaria tanto ao Senhor como achou que amava no começo. E nesta promessa de que Pedro daria sua vida por Ele, Jesus declarou até mesmo que tipo de morte seria; o apóstolo estenderia suas mãos, um tipo de morte comum nos dias do Império romano: a crucificação. E a tradição diz que quando o imperador Nero mandou crucificá-lo (entre 64 a 67 d.c.), Pedro teria dito: "Não sou digno de morrer como o meu Senhor." E então teria pedido que o crucificassem de cabeça para baixo, o quê, se de fato ocorreu, foi uma demonstração ainda maior de amor a Jesus Cristo.
 
Durante muito tempo achei que Jesus fez as três perguntas a Simão Pedro como uma forma de dar a ele a chance de consertar suas três negações. Mas ao examinar este jogo de palavras, vemos que o Senhor, além de levar o apóstolo à conclusão de que ainda não amava o quanto devia, inspira-o também a crer que chegaria o momento em que atingiria esta maturidade.
 
É importante destacar isto: o Senhor acredita em nós mais do que nós mesmos! Ele vê nosso potencial de sucesso quando só enxergamos nossas falhas. Ele vê nosso futuro quando só nos prendemos ao nosso passado. Ele consegue dizer a cada um de nós quando falhamos em expressar nosso amor a Ele: "Eu acredito que você ainda vai chegar lá".
 
Assim como Pedro teve sua chama de esperança acesa, também o devemos ter. Mesmo que nosso coração ainda não esteja no nível de amor que deveria, podemos nos mover decididos ao crescimento deste amor!
 
O AMOR SE EXPRESSA EM AÇÕES
 
O terceiro princípio que o Senhor me mostrou naquele dia foi que o verdadeiro amor não se limita apenas a palavras, mas se expressa em ações. O apóstolo João ecreveu acerca disto:
 
“Mas aquele que tiver bens do mundo e vir seu irmão em necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como permanece nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de língua, mas por obras e em verdade”. (1 João 3.17,18)
 
Em outras palavras, João estava dizendo que só falar de amor ao irmão é fácil, mas temos que demonstrar por nossas obras a veracidade do que falamos. Nossas ações devem fazer coro com nossas afirmações. E isto não apenas no que tange ao amor ao próximo, mas principalmente no que diz respeito ao nosso amor pelo Senhor. Só declararmos e cantarmos acerca deste amor não é suficiente. O Senhor Jesus protestou a respeito:
 
“Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram”... (Marcos 7.6,7)
 
Não adianta ter uma declaração de amor nos lábios e o coração e atitude não estarem em harmonia. O amor deve se expressar por meio de ações.
 
Na conversa de Jesus com Pedro acerca do amor ao senhor vemos algo interessante. Depois de cada pergunta do Mestre, com conseqüentes respostas de afirmação de amor de Pedro, o Senhor lhe pediu que apascentasse suas ovelhas. Por quê? Porque quem ama, trabalha! Seria o equivalente a declarar: "Se você me ama, ame o que eu também amo e faça algo para mim".
 
Quem ama age como tal. Expressa isto em ações de louvor e gratidão, de serviço e muito mais. Precisamos entender este princípio e aprender a expressar nosso amor ao Senhor não só por meio de palavras ou de canções de adoração, mas por meio de trabalho.
 
O exercício do ministério é uma manifestação de amor ao Senhor Jesus Cristo. Em função disto, não entendo como tantos crentes conseguem apenas “esquentar os bancos” (ou cadeiras) de uma igreja. Somos parte de uma geração que não quer servir, somente ser servida! Sei que o serviço não é mais importante que estar com o Senhor e desfrutar de sua presença; Marta que o diga (Lc 10.41,42)! Entretanto, deveríamos dizer que embora não substitui o estar com o Senhor, é um bom complemento ou atividade subseqüente para expressar nosso amor.
 
Você está engajado na obra do Senhor? Não falo sobre o ministério em tempo integral, mas acerca do cristianismo em tempo integral! Você procura ganhar almas para Cristo? Ajuda a cuidar delas de alguma forma? Participa de algum ministério em sua igreja? Procura servir, ainda que seja naquelas coisas aparentemente mais simples?
 
A Igreja jamais cumprirá a grande comissão se o Corpo não for mobilizado ao trabalho. A idéia antiga de um pequeno clero trabalhando em prol dos leigos precisa ser definitivamente banida! Jesus morreu para nos salvar e nos transformar em ministros (sacerdotes):
 
“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de receber o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e compraste para Deus com o teu sangue homens de toda a tribo, e língua, e povo e nação, e lhes fizeste para nosso Deus reino e sacerdotes, e reinarão sobre a terra”. (Apocalipse 5.9,10)
 
Examine sua própria vida e procure sua expressão de amor na forma de serviço, de ministério. Se isto não está acontecendo, algo tem que mudar. Ou seu amor por Jesus ainda é pouco expressivo e precisa ser fortalecido, ou você, apesar de todo seu amor por Cristo, não tem sabido expressá-lo direito e precisa começar a servir.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Impregnado de adoração

Impregnado de adoração

Talvez eu esteja generalizando, mas via de regra tenho a impressão de que a maioria das vezes em que somos orientados a exercitar a adoração, algo soa como a sugestão de uma ação que deveria surgir do sentimento de “obrigação religiosa”. Parece-me que temos sido estimulados a fazer adoração e, sinceramente, nada soaria mais estranho ao princípio Cristão, ensinado nas Escrituras, do que tal atitude.

Adoração pode estar, sucintamente, sendo transformada numa mera tarefa psicológica travestida de cunho “espiritual”.Não resta dúvida de que adoração tem caráter de ação. Porém, adoração não é movida por obrigação, mas pela condição existencial e pela realidade natural do coração. Se o que falei lhe pareceu confuso ou estranho, contemple o exemplo de Maria: sua adoração não foi comandada pelo anjo, mas vazou dos poros de sua mais profunda condição espiritual. Adoração fazia parte do seu ser. Adoração não foi uma tarefa para Maria, mas a resposta que ela manifestou à ação do Eterno em seu espírito. Adoração foi a reação de Maria.

VIDA E VIVÊNCIA

Ao longo dos anos presenciamos diversas reviravoltas no cenário litúrgico cristão: versões diferentes de hinos e hinários; mobílias que inspiram e/ou facilitam a “adoração” (bancos, cadeiras ou poltronas?); liturgia tradicional ou renovada; adoração reformada, pentecostal ou profética. A lista de exemplos poderia se expandir imensamente. Não que eu pense que estas fases sejam ruins, ilegítimas ou que já tenham findado. Pelo contrário, creio que são pertinentes, uma vez que o Corpo é um só, mas a diversidade de seus membros deve ser respeitada. E, ainda, vejo que nossa condição humana — tão volúvel — e a transitoriedade de nossos posicionamentos sociais podem nos levar a adotar expressões litúrgicas totalmente diferentes uns dos outros. A grande questão, no entanto, tem a ver com a essencialidade da adoração. Repetidas vezes ouvimos e afirmamos: “adoração é um estilo de vida”. Uma vez que essa declaração tem se tornado um de nossos muitos clichês, urge o momento de mudarmos nossa tática. Alguém já disse, há muito tempo, que “o maior ensino é o exemplo”.

Em nossa cultura religiosa, estilo de vida pode ser algo entendido de maneira parcial e tendenciosa, dependendo exclusivamente do contexto religioso, teológico e denominacional no qual está inserido. Portanto, penso que deveríamos conectar duas expressões existenciais em nossa adoração: vida e vivência.

A vida é a essência do nosso ser, quem somos. Ela pode ser vista e compreendida a partir do que somos. Se uma visita celestial veio ao nosso encontro (Jo. 1:10-14), tal como se deu com Maria, a vida passou a impregnar o nosso ser (II Co. 5:17). Uma ação divina se instaurou na direção de nossa existência. O favor de Deus se manifestou em nosso caminho e, por causa disso, somos levados a reagir a todo o momento, em todas as circunstâncias, dentro e fora das reuniões e dos templos, com o mais ardente espírito de adoração. Isto diz respeito agora à nossa vivência.


Existimos como adoradores. Todas as nossas atitudes agora devem expressar disponibilidade total de serviço e cumprimento da vontade de Deus, tal como foi a reação de Maria e o mandamento do nosso Senhor (Mt.6:33). Se adoração se tornar característica de nossa vivência, ela deixará de ser um elemento litúrgico ou rótulo de iniciativas ministeriais para se manifestar, novamente, como expressão de rendição e verdadeira demonstração de amor ao Senhor: um amor que transcenderá às costumeiras declarações que fazemos em nossos cânticos. Isso por que, segundo o Senhor Jesus os que o amam são aqueles que obedecem à sua palavra (Jo. 14:21,23).


A adoração é, enfim, uma reação que surge de um espírito impregnado de voluntariedade, disponibilidade e serviço. Foi isso o que Deus achou em Maria. Isso faz com que mudemos a nossa perspectiva de adoração e, ainda, a nossa expectativa de culto. Afinal, se Deus vem a nós, em nossos encontros, reuniões e cultos, a nossa atitude adoradora deve ser uma só: “Reina em mim e cumpra em minha vida a sua vontade!” Amém.



Artigo extraído do site www.vineyardmusic.com.br

Falsa Adoração - http://www.gospelmais.com.br/artigos/340/falsa-adoracao.html

Falsa Adoração

 
Amós 4 - Afasta de mim o estrépido de seus cânticos.

Qual é a adoração que Deus realmente espera de nós? Qual é o som e a canção que Ele verdadeiramente espera de nós? Será que nossos dons e talentos fazem algum barulho no trono de Deus? Será que Ele consegue ouvir canções e vozes lindas, mas corações ocos e vazios? Qual é o verdadeiro som que ecoa no céu?

Formas: barulhos, músicas, contrição, canções.

Adoração: vida, passos, escolhas, obediência, entrega, amor, perdão, compaixão. Adoração em verdade gera frutos, barulhos que refletem o que nós somos. Precisamos fazer barulhos que refletem a verdade em nós.

Deus quer que cantemos a canção do Seu coração. O salmista fazia isso. Que tipo de adoração eu e minha geração temos oferecido ao Senhor?

Amós 5:10 - A verdadeira adoração gera quebrantamento.

Deus quer a geração que acolhe o perdido, o necessitado, que tenha compaixão dos órfãos, viúvas = Ação da Adoração.

Precisamos deixar os púlpitos, largar o microfone e descer na verdadeira adoração. Sabem quais são os maiores adoradores para Deus? Talvez nem conhecemos seus nomes, porque estão nas favelas, morros, em outras nações.

É muito fácil cantarmos ao Senhor, ficamos cheios do nosso ego e ainda de brinde ganhamos exposição, mas é no lugar mais perigoso onde o diabo trava a batalha. Por isso precisamos estar firmes e inabaláveis. Onde nada corrompe, porque a minha vida não está baseada em barulhos e sim na verdade. Suba a um nível de adoração. Deseje os perdidos. Vá ao nível de responsabilidade social.

Um CD é conseqüência da sua intimidade com Deus e isso não é nada para o Senhor. O reconhecimento dos homens pode roubar o que Deus tem para você.

Líderes caindo, Sauls: é a história das outras gerações, mas Deus está levantando a geração de Samuel, de Davi, incorruptível. Uma geração que não troca sua primícia por um prato de lentilhas, que não troca sua vida de santidade por minutos de prazeres.

Deus não nos chamou somente para cantarmos música, isso já temos feito muito bem, já estamos experientes. Ele quer que estejamos em um nível maior.

Humildade X Soberba
Renúncia X Egoísmo
Simplicidade X Poder

Chega de histórias escritas por homens, Ele quer escrever a história da sua vida. Esta falsa adoração se refere a pastores que não vivem o que pregam, ministros que estão longe de fazerem o que falam. Afaste de mim a prostituição das suas ações, porque eu conheço o seu coração. Falsa adoração, Amós 5:10 ao 27: lábios lisonjeiros e bajuladores, falsidade, hipocrisia...

Só entregamos verdadeira adoração como noivas. Como prostituta, só ofereceremos a falsa adoração Oséias 2:2 ao 20: Contudo trarei a Minha glória, a Minha presença.

Oséias significa o amor de Deus pela prostituta. A igreja religiosa, é como uma prostituta que procura amantes: palco, sucesso, luxúria, dinheiro (mamon), ministério, reconhecimento, dons, talentos, gravações (venda da presença de Deus), crescimento quantitativo. Tudo e todos, que você coloca em primeiro lugar na sua vida além do Senhor, significa prostituição espiritual e isso gera pecado em sua vida.

Deus nos chamou e tem nos dado tudo, mas precisamos nos posicionar. Davi fez um censo no templo sem direção de Deus. Ficar contando quanto você já fez não vale nada para Deus. Você pode ir para qualquer lugar do mundo, se esconder na caverna, até no Hawaii, Deus te pega e continua com o propósito que Ele tem para você, Ele te levantou como um referencial. Você está marcado, não tem mais jeito. Que responsabilidade!

Em que nível você está e que tipo de adoração você tem oferecido a Deus? Superficial e muitas vezes de falsidade? O que cantamos temos que viver.

Antes de escolher cantar, escolha viver!



Artigo extraído do site www.adorando.com.br

terça-feira, 22 de abril de 2008

O que sobra quando não estou tocando ou cantando? - Por Daniel Souza

 
O que sobra quando não estou tocando ou cantando?


O que sobra quando não estou tocando ou cantando? Por Daniel Souza - Certa vez o Espírito Santo me fez a seguinte pergunta: “quem é você quando não está tocando ou cantando?; o que sobra quando não se esconde atrás de seu talento musical?”

1Sm.16: 14 ¶ Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava.

15 Então, os servos de Saul lhe disseram: Eis que, agora, um espírito maligno, enviado de Deus, te atormenta.

16 Manda, pois, senhor nosso, que teus servos, que estão em tua presença, busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito maligno, da parte do SENHOR, vier sobre ti, então, ele a dedilhará, e te acharás melhor.

17 Disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que saiba tocar bem e trazei-mo.

18 Então, respondeu um dos moços e disse: Conheço um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras e de boa aparência; e o SENHOR é com ele.

19 Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas.

20 Tomou, pois, Jessé um jumento, e o carregou de pão, um odre de vinho e um cabrito, e enviou-os a Saul por intermédio de Davi, seu filho.

21 Assim, Davi foi a Saul e esteve perante ele; este o amou muito e o fez seu escudeiro.

22 Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois me caiu em graça.

23 E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.

Esta passagem bíblica sempre me impressionou. Sempre associei a Davi a imagem de um excelente músico. Alguém que “fazia chover” quando dedilhava sua harpa.

Com o texto que lemos acima servindo como base, eu prosseguia admirando o músico chamado Davi. Afinal, por três vezes é enfatizada a importância da técnica (versos 16, 17 e 18).

No entanto, certa vez o Espírito Santo me fez a seguinte pergunta: “quem é você quando não está tocando ou cantando?; o que sobra quando não se esconde atrás de seu talento musical”

A partir desta pergunta comecei a observar a vida de Davi com mais cuidado. Fiquei impressionado ao ver que a harpa era um “pequeno detalhe” em meio a grandes virtudes presentes em sua vida.

Só nestes poucos versos encontramos várias virtudes associadas a Davi. Vamos esquecer, pelo menos por enquanto, que ele sabia tocar; vejamos o que sobra de Davi sem sua harpa:

SUBMISSÃO A AUTORIDADE

Davi era um jovem que honrava e obedecia a seu pai.

Com certeza ele estava com as ovelhas por ordem do pai. Quando este o chamou com a intenção de enviá-lo a Saul, não teve problema algum. Davi atendeu ao chamado e ao envio de seu pai.

CORAÇÃO DE SERVO

Davi tinha grande disposição em servir.

Ele ficou a disposição do rei Saul. Imagine o que é servir a um homem possesso.

No entanto, ele vivia para servir. Servia com as ovelhas; e olha que ovelha dá muito trabalho. Serviu com as coisas que o pai mandou ao rei por seu intermédio. E agora deveria ficar de prontidão; a disposição. Esquecendo-se de si mesmo, ficaria concentrado na necessidade de Saul, a fim de servi-lo.

CORAÇÃO DE PASTOR

Davi apascentava as ovelhas de seu pai.

O dicionário de Almeida define apascentar como levar as ovelhas ao pasto, cuidar delas e protegê-las.

Nunca conseguiremos dimensionar tal tarefa, a menos que tentemos fazê-la algum dia ou através da revelação do Espírito Santo.

A ovelha é um dos, ou talvez, o mais dependente de todos os animais.

A sensibilidade de Davi – virtude que não pode faltar a um pastor – foi aguçada no exercício do pastoreio com as ovelhas. Ali ele aprendeu valores como guiar, cuidar, proteger, suprir, zelar, dar a vida, etc.

Posteriormente Deus levantou Davi como pastor da nação de Israel.

DISPOSIÇÃO E DISPONIBILIDADE

Davi tinha disposição e disponibilidade para tudo. Era como o que chamamos “pau pra toda obra”.

Disposição e disponibilidade para trabalhar, servir, lutar, etc.

A bíblia não relata qualquer manifestação de resistência ou desculpas por parte de Davi. Ele não estava enrolado com nada. Era alguém livre; disponível e disposto.

Quando o pai dizia: vá apascentar o rebanho, ele ia. Quando o pai dizia: venha, ele vinha. Quando Davi recebia a ordem: vá a Saul, ele ia. Quando era incumbido de ministrar ao rei atormentado, ele ministrava (e o texto diz que era todas as vezes que Saul era atormentado v.23).

Estas virtudes tendem a ser raridade em nossos músicos.

UNÇÃO E AUTORIDADE

A unção e a autoridade de Davi é claramente comprovada no sucesso que ele tinha na luta contra o espírito maligno.

Unção e autoridade são virtudes resultantes de vida reta diante de Deus.

Atos 19: 13 ¶ E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.

14 Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote.

15 Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?

16 E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa.

17 Chegou este fato ao conhecimento de todos, assim judeus como gregos habitantes de Éfeso; veio temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido.

Nossa real condição de vida está exposta no mundo espiritual.

FORÇA E VALENTIA

Davi era forte e valente. Convenhamos, irmãos, ser requisitado para ministrar a um possesso exige muita força e valentia. Davi não relutou diante do desafio porque era forte e valente. Ele viveu experiências tremendas, prevalecendo em situações extremamente complicadas que exigiram muita força e valentia de sua parte. Ele teve que encarar demônios, animais selvagens, gigantes, exércitos, etc. Teve que suportar perseguições, rebeliões e retaliações.  Prevaleceu porque tinha um espírito forte e valente.

GUERREIRO

Davi era um guerreiro. Ele se tornou um dos mais conhecidos personagens da bíblia por ter matado Golias, um gigante de quase 3 metros de altura.  Somos homens e mulheres de guerra ou não?  Nosso chamado exige espírito guerreiro (Ef.6.10-18)

SISUDO EM PALAVRAS

O dicionário define sisudo como sensato e ajuizado. Davi não era um tolo qualquer. O tolo fica exposto através de suas palavras. Jesus mesmo disse que o que sai da boca procede do coração e contamina o homem (Mt.15.18). Saul não precisava de mais tormento. O espírito maligno já incomodava o bastante. Um insensato convivendo com um atormentado seria a ruína total.

BOA APARÊNCIA

Boa aparência fala de bom testemunho. Davi mantinha um bom testemunho diante de Deus, de seus familiares e dos demais homens. Na casa de Saul alguém testemunhou sobre Davi. Não foi Davi quem procurou a “vaga” profética. Alguém deu testemunho sobre ele.

COMUNHÃO COM DEUS

Não é difícil perceber que este era o segredo de Davi. Davi é um modelo bíblico de adorador. Não porque era músico, mas porque andava com Deus. Ele não passava de um simples jovem. Era o caçula de Jessé. No entanto, Deus em sua vida fazia toda diferença.

No amor de Jesus, Daniel Souza

 

Fonte.: http://www.asaphborba.com.br/noticia.asp?codigo=210&COD_MENU=119

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Músicos mal agradecidos!! - Por Ramon Tessmann


Creio que quando se fala em coração agradecido e firme no Senhor, em período de sofrimento, não nos vem à mente outro nome senão o de Jó. Como é de nossa ciência, a verídica história de Jó é bastante comentada e estudada em nossos sermões e estudos bíblicos, mas infelizmente, as lições contidas neste ocorrido não parecem entrar em nossas mentes. Apesar de ser uma história preciosíssima e fácil de ser entendida, temos dificuldade para agir como Jó agiu, em determinadas situações de nossas vidas. Vou explicar.

Jó era um homem obediente e temente a Deus (Jó 1.5). Por todo o capítulo 1 lemos que ele perdeu seus filhos, filhas, empregados e rebanho ao mesmo tempo. Era uma notícia catastrófica atrás da outra. Enquanto um empregado ainda falava chegava outro e relatava outra tragédia. Evidentemente, este é um tipo de sofrimento que não cabe dizer: “...eu imagino como Jó sofreu...!”. Não! Não podemos sequer imaginar o que este homem passou! Apesar disso ele se levantou e disse: “...nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” As Escrituras continuam dizendo: “...em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” Gente, como este homem conseguiu bendizer a Deus numa situação como esta??Quando uma pessoa perde um ente querido, ela não consegue nem falar direito por causa da dor. Por algum tempo só pranteia... e nada mais! Realmente, eu não consigo imaginar o estado de Jó naquele momento, mas sei que foi fiel a Deus, louvando a Ele num período dificílimo de sua vida.

Mas vamos trazer esta história ao ministério de música. Eu gostaria de saber porque hoje, nós músicos, somos tão murmuradores, mal agradecidos e rabugentos com Deus, com os irmãos e com o mundo??É verdade! Porque temos que ter um caráter tão difícil? Constantemente, pessoas com quem converso ou que me contatam, reclamam tanto do seu ministério, que isso me faz crer que preciosas bênçãos de Deus estão sendo perdidas e o louvor não flui como deveria. Algumas frases são clássicas:

» O meu pastor é tradicional demais! » A igreja só reclama do volume dos instrumentos! » A acústica da igreja é péssima! » Deveríamos ter instrumentos e aparelhos melhores! » O líder não me entende! » O meu líder pega muito no meu pé! » O meu líder não dá a mínima para o grupo de louvor! » Eu não gosto de tocar esta música! » Era eu que deveria ter tocado guitarra hoje! » Era eu que deveria ter ministrado! » O baterista está errando demais! » Em nossa igreja o louvor não flui!

Como somos murmuradores, não é mesmo? Irmão, nós estamos perdendo as bênçãos de Deus por causa deste problema! Nós reclamamos por muito pouco! Por acaso mataram a nossa família? Por acaso perdemos todos os nossos bens? Por acaso o nosso corpo foi tomado de chagas a ponto de nos coçarmos com cacos de telha? Não??Então, porque não bendizemos a Deus pelo que ele tem nos dado.

Querido leitor, vou ser sincero com você. Se você acha que o teu pastor é tradicional demais, não reclame dele, porque foi este o pastor que Deus escolheu para te pastorear. Seja agradecido e ore a Deus sobre isso! O mesmo ocorre com o teu líder, com os músicos de tua igreja, com os irmãos da igreja, com a aparelhagem de som e até com a acústica do templo!!Músico, não reclame por pouca coisa, mas tenha um coração grato e firme em Deus, disposto a louvá-lo sempre! Sem dúvida alguma, nós não sofremos nem 10% do que Jó sofreu, não é mesmo?



Um abração em Cristo Jesus
Ramon Tessmann
http://www.ramontessmann.com.br
ramon@vidanovamusic.com

Fonte: http://www.vidanovamusic.com/artigos.asp?nart=21