terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Dicas ao Dirigente de louvor

Por: M.Giovani Bianchini


1- Definindo Louvor e Adoração.
2- Uma palavrinha sobre música.
3- Ministros e Dirigentes de louvor.
4- Uma palavrinha sobre ministração.
5- Preparando a Ministração do louvor congregacional.
6- Dicas ao dirigente de louvor.
7- Qualidades e Características desejáveis nos Dirigentes de louvor.


1- Definindo Louvor e Adoração.

  • O que é Louvor?
    De acordo com a Bíblia, o louvor está associado com a idéia de agradecimento, elogio, valorização, glorificação, exaltação, por aquilo que Deus faz (fez, fará) em nossa vida ou na dos outros. (Sl. 145:4; Sl. 147:12-13; Is. 25:01; Lc. 19:37), ou seja, nós louvamos a Deus por Suas obras, bênçãos, curas, livramentos, perdão, graça, amor, misericórdia, cuidado, etc. O louvor está sempre associado a uma ação de Deus. Deus age(agiu, agirá) e seu povo O louva(agradece, exalta, elogia, etc.). Contudo, o motivo principal do louvor é a Salvação em Cristo.

  • Louvor congregacional
    Esta expressão se refere ao louvor cantado, prestado pelas pessoas quando estão reunidas. Louvor coletivo.

  • O que é Adoração?
    A palavra adoração assim como outras palavras admiráveis como ?graça? e ?amor? podem ser mais facilmente experimentadas do que descritas. Assim escreveu A. P. Gibbs em seu livro ?Adoração?. Porém, passeando pela Bíblia vemos que a adoração está associada com a idéia de culto (resposta), reverência, veneração, por aquilo que Deus é (Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso, Imutável, etc.). (Sl.96:9; Ap. 4:8-11; Ap. 7:11-12; Ap. 11:16-17), ou seja, independente do que Deus faz, fez ou fará, nós O cultuamos (O adoramos), pela sua pessoa(sua natureza e caráter), por aquilo que Ele é. A adoração é melhor representada pela comunhão pessoal que temos com Deus, pois é através do nosso relacionamento com Ele, é que conhecemos melhor a Sua pessoa. A adoração também pode ser descrita como toda e qualquer reação que temos para com Deus. Essa reação, por sua vez, também se encontra intimamente ligada ao conhecimento(revelação) que temos da pessoa de Deus.

    Obs.: Tanto o louvor quanto a adoração, devem estar presente em tudo o que fizermos. Eles devem ser manifestados no falar, pensar, vestir, trabalhar, estudar, orar, cantar, etc. Porém, nos cultos da igreja atual, a forma mais popular de expressar o louvor e adoração é por meio de música (cânticos e hinos).


    2- Uma palavrinha sobre música.

    A música desempenha um papel essencial dentro do nosso ministério. Ela é o meio principal que utilizamos para servir a Deus e a Igreja. Sem a música nosso ministério não existiria. Devido a grande importância que a música tem em nosso ministério, há algumas coisas que devemos saber acerca dela:

  • O Poder da Música
    A música, mais do que qualquer outra arte, exerce uma forte influência sobre a vida das pessoas. Vejamos: a) - A música é capaz de produzir sentimentos dentro de nós (ex.: alegria, tristeza, medo, etc.). b) - A música pode nos levar a diferentes tipos de reações (ex.: rir, chorar, ficar apreensivo, relaxar, etc.). c) - A música é capaz de influenciar o nosso comportamento (ex.: andamos mais rápido, produzimos mais, somos motivados a comprar determinado produto, etc.). d) - A música tem o poder de gravar mensagens em nossa mente para toda a vida (ex.: um casal de idosos que se lembram perfeitamente da letra da música que costumavam ouvir há 60 anos quando estavam namorando, uma pessoa de 90 anos de idade que lembra de uma música que aprendeu na sua infância, etc.). Realmente, a música possui uma força que não pode ser ignorada.

    Em nosso caso, não podemos ignorar o poder da música na transmissão e consolidação de mensagens durante nossos cultos, encontros, acampamentos, etc. Sally Morgenthaler disse ?...com exceção do Espírito Santo, a música é o elemento mais poderoso do culto. Ela tem uma capacidade incrível de abrir o coração humano para Deus, tendo acesso mais rápido e mais profundo à alma, sendo mais permanente que qualquer outra forma de arte ou oratória humana.? Sem dúvida, a música é capaz de tocar pessoas de uma maneira que um sermão não consegue. Além disso, a música também reforça e facilita a memorização das mensagens. Martinho Lutero já sabia disso. Não foi à toa que ele afirmou ?Sei que amanhã, segunda-feira, vocês vão esquecer o que eu estou falando agora no meu sermão. Mas os hinos que os faço cantar jamais vão ser esquecidos?.

    Apesar de tudo isso, uma das mais poderosas influências que a música exerce sobre o ser humano é na formação do seu caráter. O filósofo Aristóteles disse: ?a música tem o poder de formar o caráter?. E, ele tinha razão. Não é de se admirar a enorme depravação moral que a humanidade está vivendo em nossos dias, sem contar a grande onda de violência e o exagerado consumo de drogas e bebidas. Isso tudo se deve em grande parte a qualidade das músicas(letras) que a nossa geração está escutando. Mais do que em qualquer outra época, a música tem sido a principal comunicadora de valores para a geração de hoje. Ela tem moldado de forma significativa o nosso caráter, dizendo como devemos agir, pensar e nos comportar. Por isso, se não usarmos a música para espalharmos os valores de Deus, os valores do mundo vão ter acesso ilimitado a nossa geração inteira.

    Obs.: É importante sabermos que não existe música sagrada ou música profana. O que faz uma música ser sagrada ou profana é a letra contida nela, ou seja, sua mensagem, e não o seu estilo ou ritmo.

  • Preferência Musical
    A música é um assunto que divide, separa gerações, regiões do país, tipos de personalidades e até mesmo membros da mesma família. Isso se deve a dois fatores:

    Primeiro, a intimidade que cada pessoa tem com um tipo de música está em grande parte relacionada ao contexto cultural em que essa pessoa cresceu. A linguagem musical de uma cultura pode ter significado maior, menor ou diferente para diversos indivíduos naquela sociedade, e poderá ter pequeno ou nenhum significado para as pessoas que estejam fora daquela cultura. Por exemplo, uma música africana dificilmente terá algum significado para uma pessoa que nasceu e cresceu no Japão, e vice-versa.

    Segundo, cada pessoa tem uma forma diferente de perceber a música e, nenhum estilo de música provoca em todas as pessoas o mesmo sentimento. Por exemplo, um pessoa que tem afinidade com música clássica dificilmente será tocada por uma música do tipo Heavy Metal. O mesmo acontece com uma pessoa que gosta de música Sertaneja, dificilmente ela será tocada por uma música do tipo Jazz. Por este motivo, é muito importante temos em mente, que é impossível agradar o gosto musical de todas as pessoas, e que também, independente do estilo de música que usarmos em nossos cultos, atrairemos e manteremos determinados tipos de pessoas e perderemos outras.

  • Veículo de Expressão
    Além de comunicar valores, produzir sentimentos e reações, influenciar o nosso comportamento e facilitar a memorização de mensagens em nosso cérebro, a música também é grandemente utilizada para expressar aquilo que ele sentimos (amor, alegria, desilusão, paz, etc.). Isto porque a música torna muito agradável a maneira de expressarmos aquilo que sentimos. Em nosso contexto, a música, entre outras coisas, também é utilizada para expressar o que sentimos por Deus.


    3- Ministros e Dirigente de louvor.

  • Ministros de louvor
    Considerando que a ministração não é algo realizado individualmente, podemos considerar então que ministros de louvor são todos aqueles que estão envolvidos, direta ou indiretamente, na ministração do louvor (instrumentistas, cantores, operadores/montadores de som, operadores de retroprojetor, e outras funções ligadas à área). Em outras palavras, ministros de louvor são todos aqueles que servem a igreja na área de música.

  • Dirigente de louvor
    O dirigente de louvor ou líder de adoração, é aquele que têm como função principal conduzir(dirigir) o momentos de cânticos nos cultos, levando as pessoas a expressarem o seu amor, o seu louvor e a sua adoração a Deus através da música. Além conduzir as pessoas, o dirigente de louvor, também é responsável pela condução(direção) dos cantores e instrumentistas dentro da música, definindo quais partes serão repetidas, as introduções, as entradas, os finais, etc. Outra função que o dirigente do louvor desempenha, durante os momentos de cânticos, é o de ministrar a vida das pessoas.


    4- Uma palavrinha sobre ministração.

    Ministrar significa servir. Em outras palavras, é aquilo que oferecemos à alguém. A ministração pode ser dividida em dois tipos: uma que é dirigida à Deus e outra que é dirigida ao próximo.

  • A ministração dirigida à Deus ()
    Essa ministração é direcionada exclusivamente a Deus. Seu sentido deve ser sempre na vertical (para cima). A ministração dirigida à Deus têm como alvo principal proporcionar alegria ao coração do Senhor. Ela consiste basicamente em expressar o nosso amor a Deus, reconhecer a nossa dependência dEle, reassumir o compromisso de obedecer a Sua palavra, apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor, e sobre tudo, oferecer-lhe aquilo que somente Ele é digno de receber: Glória, honra, louvor e adoração.

    O único tipo de ministração que agrada a Deus é a aquela que oferecida com sinceridade de coração. Porém esta ministração só será aceita se for oferecida por intermédio de Jesus Cristo (João 14:6; Hebreus 13:15).

  • A ministração dirigida ao Próximo ()
    Essa ministração é direcionada exclusivamente para o próximo. Seu sentido deve ser sempre na horizontal (para os lados). A ministração dirigida ao próximo têm como alvo principal confortar, encorajar, edificar e provocar transformação na vida das pessoas. Ela consiste basicamente em ir de encontro as necessidades do próximo, em levá-los a se reconciliar com Senhor, em trazer-lhes esperança de uma nova vida em Cristo, em ensiná-los a viver com Deus, em exortá-los a ter um relacionamento mais profundo e íntimo com o Senhor, em mostrar-lhes que a nossa meta é ter um caráter moldado à semelhança de Cristo, e entre outros, produzir mudança de estilo de vida.

    O tipo mais profundo de ministração é aquele que faz diferença no dia-a-dia das pessoas. Se quisermos mudar vidas, devemos preparar uma ministração para impactar as pessoas, e não apenas para informá-las. A nossa ministração deve buscar sempre ser clara, relevante e aplicável.

  • Amor
    Algo que irá fazer uma grande diferença em nossa ministração é o amor com que ministramos. Quando as pessoas sabem e sentem que nós as amamos, elas nos ouvem e se deixam ser conduzidas por nós. Para amar as pessoas nós precisamos nos aproximar delas, e quando nós nos aproximamos delas, o nosso poder de impactá-las é muito maior. O amor também é essencial quando ministramos ao Senhor, pois Ele está mais interessado na intenção do nosso coração e no amor com que correspondemos ao Seu amor por nós, do que no serviço que prestamos(oferecemos) a Ele. O amor deve nortear tudo o que fizermos. Sem amor a nossa ministração não passa de barulho.


    5- Preparando a ministração do louvor congregacional.

    O Espírito Santo está mais presente em um planejamento cuidadoso do que em uma improvisação descuidada. Sendo assim, segue abaixo alguns pontos que irão nos auxiliar na preparação da ministração do louvor congregacional.

  • Andando com Deus
    Esta é a parte mais importante na preparação da ministração do louvor. É através de uma vida de comunhão e de intimidade com o Senhor que recebemos unção e direção para ministrar e dirigir o louvor. Muitas vezes usamos primeiramente nossas mentes e métodos, e só então buscamos a benção de Deus para aquilo que já criamos. Com certeza cometemos esse erro mais vezes do que gostaríamos de admitir. É realmente uma grande tentação mergulhar e crer em nossas próprias tendências, desejos, habilidades e planos antes de checá-los com Deus e buscar seu coração e mente para a preparação da ministração. Porém, quando fizermos da comunhão com Deus uma prioridade, iniciaremos e terminaremos tudo o que fizermos em diálogo com o Pai e, desta forma, conheceremos sua mente e receberemos sua benção.

  • Em sintonia com o Pastor
    É muito importante que pastor e dirigente de louvor estejam sempre em perfeita sintonia. O líder de adoração precisa ser conhecedor do seu pastor, de sua visão e manter um harmonioso o relacionamento com ele. A comunicação entre dirigente de louvor e pastor é vital. Eles devem se reunir regularmente para conversarem e discutirem sobre a liturgia, o tema da mensagem, os cânticos, enfim, tudo o que diz respeito a ministração e direção do louvor congregacional.

  • Elaborando a Ministração
    O próximo passo na preparação da ministração é elaborarmos o que vamos ministrar. Nesta etapa escolhemos a direção que vamos ministrar (Vertical-[Deus] ou Horizontal-[Pessoas])

  • Conhecendo a classificação das letras dos cânticos.
    Apesar de parecer tudo igual na hora em que cantamos, as letras dos cânticos são classificados em diversos tipos. É importante sabermos o tipo de letra de cada cântico, pois, isso vai influenciar diretamente na preparação da ministração do louvor congregacional. Cânticos de:

  • Louvor
    São cânticos cujas letras expressam elogio e agradecimento por aquilo que Deus fez, faz ou fará.
  • Adoração
    São cânticos cujas letras expressam reconhecimento a Deus por aquilo que Ele é. Este cânticos falam da pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades). Dentro do tema de adoração temos cânticos cujas letras que expressam Exaltação e Contemplação.
  • Exaltação
    São cânticos cujas letras tratam de engrandecer a Pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades).
  • Contemplação
    São cânticos cujas letras se concentram em meditar(contemplar) a Pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades).
    Ainda dentro do tema de adoração podemos ter cânticos cujas letras tratem de Consagração, Adoração Profética, Confissão e Clamor.
  • Consagração
    São cânticos cujas letras tratam da dedicação de nossas vidas a Deus, da nossa Santificação, etc.
  • Adoração profética
    São cânticos cujas letras tratam da Volta de Cristo, seu reinado eterno, etc.
  • Confissão
    São cânticos cujas letras tratam de arrependimento, reconhecimento do pecado, desejo de mudança de vida, etc.
  • Clamor
    São cânticos cujas letras expressam súplicas a Deus, pedido de misericórdia, auxílio, etc.
  • Relacionamento
    São cânticos cujas letras tratam de unidade, comunhão entre as pessoas. Este tipo de cântico muitas vezes são empregadas e expressadas de maneira errônea. É comum vermos pessoas, durante o momento que são ministrados estes cânticos, de olhos fechados e mãos levantadas. A maneira adequada para cantarmos estes cânticos é de olho aberto, olhando para o rosto do irmão que está ao lado, apertando-lhe a mão e o abraçando. A finalidade destes cânticos é estreitar os laços da congregação, expressar comunhão e quebrar barreiras interpessoais. Estes cânticos devem ser cantados para as pessoas e não para Deus.
  • Guerra
    São cânticos que dão ênfase à batalha espiritual contra o inimigo de nossas almas, proclamam a vitória de JESUS na cruz e a derrota de satanás.
  • Doutrinários
    Uma das funções mais importante da música em qualquer cultura(sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos, sociais ou religiosos. Os cânticos classificados como doutrinários, são cânticos cujas letras expressam os nossos princípios e valores.
  • Alegria (Júbilo)
    São cânticos cujas letras expressam alegria pelo Senhor, pelos Seus feitos, etc.
  • Expectativa
    São cânticos cujas letras expressam esperança de ver a glória de Deus, o seu agir, etc.
  • Evangelização
    São cânticos cujas letras tratam da Salvação em Cristo, do amor de Deus por nós, etc.
  • Serviço
    São cânticos cujas letras tratam da importância de servir, tratam do chamado para trabalhar no Reino de Deus, etc.
  • Especiais
    São cânticos cujas letras tratam de temas como casamento, batizados, etc.
  • Composto
    São cânticos cujas letras contém em suas estrofes mais de um tipo de classificação. Por exemplo louvor e exaltação, ou expectativa e adoração, etc.

    Obs.: É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma lista com o nome dos cânticos e a respectiva classificação de suas letras.

  • Escolhendo os cânticos
    A ultima coisa a ser feita na preparação da ministração do louvor é a escolha dos cânticos. Porém isso não a faz menos importante, pelo contrário, os cânticos são a essência da ministração do louvor. Sendo assim, segue abaixo algumas dicas e alguns cuidados que devemos ter na hora de escolher os cânticos:

  • Qual será o tema principal da Reunião?
    O primeiro cuidado que devemos ter na hora de escolher os cânticos, é procurar saber qual será o tema principal da reunião. É muito importante estar atento a este cuidado, para evitar que, em um culto de caráter evangelístico, por exemplo, sejam escolhidos cânticos sobre batalha espiritual. O que tornaria a nossa ministração ineficaz (inútil, inoperante). O ideal é que os cânticos estejam sempre em harmonia com o tema da reunião. Porém, isso não é regra absoluta. Como o Espírito Santo é o coordenador de tudo, algumas vezes Ele poderá querer que a ministração do louvor ocorra independente do tema da reunião. Por exemplo, num culto cujo o tema seja sobre relacionamento familiar, o Espírito Santo pode direcionar a escolha dos cânticos para que o Senhor seja exaltado como Rei ou como Pai amoroso, como Deus Forte, etc. Isso por que o Espírito Santo tem objetivos a cumprir em cada culto através do louvor e, ninguém melhor do que Ele para saber o que agradará a Deus naquele dia. Se o Senhor quer júbilo ou prostração, louvor ou consagração, etc. Por isso a necessidade de estar em íntima sintonia com Ele.

  • Qual será o tempo disponível para ministrar?
    Outro cuidado muito importante a ser observado na escolha dos cânticos, é saber qual será o tempo disponível que teremos para ministrar o louvor. Por exemplo, se tivermos 30 minutos disponíveis, dificilmente conseguiremos encaixar 15 cânticos dentro deste tempo. Essa informação deve ser obtida com o pastor ou com o responsável pela liturgia.

  • Fazendo uma Pré-Seleção dos Cânticos.
    Após conhecido o tema da reunião e o tempo disponível que teremos para ministrar, o próximo passo é fazer uma pré-seleção dos cânticos. Para isso é necessário que o dirigente de louvor tenha em mãos uma lista de todos os cânticos que a igreja canta. Esta pré-seleção deve conter, de preferência, mais do que o dobro da quantidade dos cânticos que serão ministrados. Por exemplo, se vamos ministrar 5 cânticos, o ideal é que a pré-seleção tenha entre 10 e 12 cânticos.

  • Qual foi a última vez que cantamos este cântico?
    É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma planilha de controle dos cânticos que são ministrados a cada culto. Pois além de auxiliar no acompanhamento da ultimas seleções, ela também evitará que alguns cânticos sejam repetidos com muita freqüência. Se a equipe de louvor tocar sempre os mesmos cânticos, chegará uma hora que o louvor ficará mecânico. Um estudo feito por uma companhia Norte Americana, descobriu que depois de um canção ser executada mais de 50 vezes, as pessoas não pensam mais no significado da letra e cantam sem perceber o que estão falando. Por este motivo é bom que o dirigente de louvor evite escolher sempre as mesmas músicas em todas as reuniões. O ideal é dar um intervalo de 2 a 3 meses para repetir um mesmo cântico.

  • A Letra está Biblicamente correta?
    Como já sabemos, é letra da música que a torna santa ou profana, por isso, é muito importante que a letra da música esteja sempre biblicamente correta. Este cuidado deve ser observado especialmente no caso de músicas novas. É importante também estar atento para possíveis erros de português.

  • As primeiras músicas.
    As primeiras músicas não devem ser de louvor propriamente dito, principalmente se a ministração do louvor for antes da mensagem. Dificilmente alguém começa a adorar ao senhor logo no primeiro cântico. É preciso haver uma preparação espiritual, física e emocional. Neste caso, podem ser escolhidas músicas cujas letras tratem: de Relacionamento, de Alegria, de Convite para o Louvar, de expectativa pelo Senhor ou de Guerra. Também podemos usar este período para ensinar músicas novas. Porém, se a ministração do louvor for logo após a mensagem, podem ser escolhidas músicas cujas letras expressem diretamente: Louvor, Adoração, Exaltação, Contemplação, ou ainda, de preferência, que complementem ou reforcem a mensagem.

    Obs. O período de louvor não é uma preparação para a ministração da Palavra. O louvor e a Palavra são dois ministérios com características e peculiaridades parecidas, porém com finalidades diferentes. ?O louvor é a comunicação do homem com Deus; e a pregação da Palavra é a comunicação de Deus com o homem?. No entanto, na fase final do louvor, poderá haver uma ligeira fusão entre os dois ministérios.


    6- Dicas ao dirigente de louvor.

  • Conhecer as músicas
    O dirigente de louvor é o referencial para a igreja e para a equipe de louvor. Por este motivo ele deve ser o primeiro a conhecer a música de cor, sem precisar de ficar olhando toda hora para a transparência, para cantar a letra. É o dirigente que dá segurança e estabilidade para o grupo e para a igreja. Se ele não conhecer a música estará dando brecha para que a execução saia errada, e a ministração seja comprometida. Porém, caso o dirigente tenha dificuldade em memorizar os cânticos, ele pode usar uma estante(suporte) para colocar as cópias das letras, e assim acompanhar os cânticos.

  • Atitudes e Expressões
    O dirigente de louvor tem que estar a vontade no altar. Ele tem que caminhar por todos os lados. Existem dirigentes que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar durante todo o Louvor. A Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem tanto, correm tanto e fazem tantos gestos, que mais parecem atletas excepcionais ou professores de aeróbica. A congregação fica cansada só de olhar e acompanhar. O dirigente de louvor tem que ter a prática de caminhar (isto impõe segurança), ele deve procurar se expressar com gestos em alguns cânticos (isso gera participação da Igreja), ele deve ter o hábito de olhar nos olhos da congregação em geral (isso mostra confiança, segurança e autoridade. Alguns dirigentes fecham os olhos e esquecem do resto, principalmente de observar o fluxo na Igreja, esta atitude é prejudicial para o bom desempenho do louvor congregacional), o dirigente também pode se ajoelhar em momentos de adoração (isso mostra submissão e humildade). Tudo isto deve ser feito com prudência, sabedoria e sensibilidade espiritual.

  • Sensibilidade Musical e Espiritual
    O dirigente de Louvor que segue exatamente aquilo que estava programado nos ensaios, podem estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal ficar mudando a direção dos cânticos, mas sempre é preciso estar atento para saber quando deve-se fazer sinal aos músicos para tocarem mais suave, mais baixo ou mais alto, ou para que deixem só a congregação cantando junta, ou que se repita várias vezes o mesmo coro, ou ainda, que faça silêncio absoluto para uma maior busca, entrega e sensibilidade ao mover do Espírito Santo, que se inicie mais uma vez a canção para maior aproveitamento ou que os músicos continuem tocando a melodia da canção para que a Igreja possa cantar um cântico novo pessoal e espiritual. O dirigente tem que ter sensibilidade e flexibilidade durante a ministração de louvor, pois a vontade de Deus nem sempre é a do homem, por mais que sejamos organizados e programados.

  • Falar somente o necessário
    Durante a ministração do louvor, o dirigente deve procurar não falar nada, apenas deixar que o próprio cântico fale ao coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o mover do Espirito Santo nas pessoas. Porém, não falar nada, causa vazio no Louvor Congregacional. Instruções durante os cânticos não produzem louvor nem adoração, entretanto, podem da direcionamento significativo à expressão coletiva. O dirigente de louvor deve procurar falar somente o necessário.

  • Incentive e Facilite as expressões
    No louvor congregacional as expressões são fundamentais. Elas dão vida ao louvor e a adoração coletiva, além de reforçar o significado daquilo que estamos cantando. E é responsabilidade do dirigente de louvor incentivar e facilitar as expressões durante os momentos de louvor. Por exemplo, se o povo não está batendo palmas com firmeza e união, deve-se falar e pedir para que batam palmas, se no momento de adoração a maioria estiver desligada e distraída, pode-se, por exemplo, pedir para que todos fechem os olhos, que levante as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de agradecimento e sinceridade ao Senhor. Se no momento de Louvor perceber que o povo não está cantando e correspondendo pode-se tranqüilamente pedir aos músicos que parem de tocar para ouvir apenas as vozes da congregação cantando juntos, formando um lindo coral de vozes ao Senhor. É importante sabermos que nós não somos ?animadores? de culto. No culto há dirigentes de louvor. Seu papel é incentivar e facilitar as expressões simultâneas e espontâneas das pessoas. O dirigente de louvor que se preocupa somente em cantar e falar o tempo todo, limita o louvor e a adoração aos cânticos. O bom dirigente de louvor gera a participação das pessoas durante os momentos de louvor, incentivando e facilitando as expressões.

  • Certeza da presença de Deus
    Por último, um elemento que irá fazer a grande diferença, não somente para quem dirige o louvor, mas também para quem participa do louvor é a certeza da presença de Deus. É muito importante para todo aquele que participa do louvor ter a certeza de que Deus está presente. Ora, como iremos adorá-lo sem ter a certeza da sua presença? Como iremos cantar para Ele, se ainda duvidamos que Ele está entre nós? Sem dúvida, um dos principais motivos pelos quais a igreja é tão fria na hora de expressar o seu louvor a Deus, é falta da certeza da presença de Deus em seu meio. É preciso sabermos que em todos os nossos cultos somos assistidos por Deus. Desde a primeira oração, passando pelos testemunhos, pela pregação, pelas arrecadações e principalmente durante o louvor, Deus está presente. Seu Espírito está passeando entre nós trazendo cura, libertação, avivamento, salvação, etc.


    7- Qualidades e Características desejáveis nos dirigentes de louvor.

  • Buscam viver em Santificação;
  • Procuram ser pessoas segundo o coração de Deus;
  • Possuem consciência de que dependem de Deus para tudo que fizerem;
  • São Adoradores;
  • São Íntegros, Retos e Tementes a Deus;
  • São Humildes;
  • São Fiéis nos dízimos;
  • São Submissos à liderança;
  • São Responsáveis em tudo;
  • São Reverentes;
  • São prudentes;
  • Procuram ser atraentes no falar, no vestir, sem ferirem a ética, a disciplina, o pudor e os preceitos bíblicos;
  • Não fazem acepção de pessoas;
  • Se comunicam bem;
  • Procuram sempre aprender e se aperfeiçoar cada vez mais;

    Obs.: O bom dirigente de louvor se concentra primeiramente em ser uma pessoa de Deus antes de fazer o trabalho dEle
  • Fonte: http://www.webservos.com.br/music/artigos/artigos_show.asp?id=63

    sábado, 17 de novembro de 2007

    Idolatria Gospel: Um show de Horrores

    Qualquer cristão que tem o mínimo de conhecimento bíblico entende que Deus odeia a idolatria. Em 1 Coríntios 6:9 Deus alerta que os idólatras não herdarão o Reino dos céus. Em outra parte das escrituras lemos: “Não terás outros deuses diante de mim”. (Êxodo 20:3). Podemos ficar horas e horas citando trechos bíblicos acerca da mesma verdade: Deus quer estar em primeiro lugar de nossas vidas. Aqueles que querem ser verdadeiros adoradores deverão ter olhos para um só Deus. Isto é uma verdade inquestionável.

    Também é verdade que a Igreja precisa ter modelos, precisa ter exemplos de vida com Deus, exemplos em todas as áreas de liderança, pastoral, nas artes, missões etc. A estas pessoas chamamos de referenciais. Paulo era um referencial de sua época: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam”. (Filipenses 3:17). Precisamos ter líderes que nos dirijam, que nos abençoem, que nos ajudem a chegar aos níveis já alcançados por eles, que nos dêem um norte em Deus.

    Referenciais têm um enorme poder de influência sobre as pessoas como um todo. É por isso que quando algum destes referenciais cai em pecado, muitas pessoas caem em desilusão e os mais fracos tendem a abandonar a fé. Em geral, o povo é abalado quando um líder ou um referencial de grande influência comete falhas em público. E quanto maior a “bomba”, maior é o estrago. A Bíblia alerta: “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado...” (2 Coríntios 6:3).

    Um erro grandioso que a Igreja de hoje tem cometido e sofrido sérias conseqüências é o pecado da idolatria. E fazemos isso dando uma série de boas desculpas esfarrapadas. Por exemplo, quando quero idolatrar meu cantor gospel preferido, exaltando-o sobre as alturas, falo às pessoas que ele é um grande homem de Deus, um referencial para mim. Aí faço desta pessoa meu ídolo, tendo em casa um altar para ele, com todos os seus CDS e livros, com todos os seus artigos escritos, com uma foto autografada, uma camisa do fã-clube e outros apetrechos que farão parte do meu devocional a este ídolo. Assim a pessoa acaba se tornando um idólatra, tornado seu próprio irmão na fé num deus. Atenção: Adorar também significa “devotar a vida”.

    Não há outras palavras para se dizer uma verdade dura que já está sendo ecoada no Brasil: a Igreja brasileira fez de seus referenciais grandes ídolos como o bezerro de ouro erguido pelo povo de Israel no deserto (Êxodo 32:4). Isto nós fizemos e por isso estamos pagando um preço tão caro. A Lei da Semeadura está valendo ainda hoje. A Igreja plantou idolatria, vai colher coisa ruim, maldição, destruição. Disto não duvidamos.

    A Idolatria Evangélica Gospel Brasileira permitiu este show de horrores:

    - Ídolos gospel que não “ministram” por menos de 15, 20, 30 mil reais.
    - Ídolos gospel que decidiram por loucura própria fazer uma lista de exigências que nem Jesus, Paulo ou João fizeram quando exerciam seu ministério: hotéis 5 estrelas, frutas tropicais, água mineral de marcas específicas, dezenas de seguranças, carro blindado... e outras coisas que não vou pôr aqui pois não vão acreditar em mim.
    - Ídolos gospel que são indiferentes e preconceituosos com certas cidades, regiões, raças, e condição espiritual. Por exemplo: tem gente que não “ministra” em certos lugares porque há muita frieza espiritual, eles só querem “ministrar” em lugares que já estão “avivados”.
    - Ídolos gospel que se isolam da liderança espiritual de sua igreja para não precisar responder a ninguém sobre seus trambiques e pecados. Aparentemente chegaram num nível tão alto que não precisam mais de pastor e de igreja para acompanhá-los, agora podem caminhar sozinhos. Por isso temos visto tanto insubmissão e rebeldia em “ministério grande”.

    Quem é o responsável por este show de horrores? Quem é o culpado? Penso que o culpado somos todos nós que fazemos parte da igreja pois temos alimentado nossos ídolos. Damos a eles o que eles pedem, e é por isso que as exigências aumentam a cada dia. Enquanto pagamos 25 mil reais pra um irmão cantar num evento, deixamos missionários morrerem de fome aqui no Brasil e lá fora. E ainda dizemos: se o missionário passa fome é porque está em desobediência. Quanta hipocrisia!

    A coisa está tão feia que ninguém pode denunciar os pecados da igreja. Se alguém se levanta contra essa pouca vergonha dos absurdos cachês e exigências, dos pecados escondidos, da rebeldia contra os pastores, da idolatria escrachada, da tietagem é rapidamente apedrejado pelos idólatras daquele determinado “deus gospel”. É igualzinho no Velho Testamento: “não desrespeite o meu deus que eu não desrespeito o seu”.

    Meus irmãos não me entendam mal. Não me interpretem mal. Estou aqui tecendo pesadas críticas contra a idolatria. Estou denunciando o pecado, não o pecador! É disso que tenho nojo, e é contra este terrível pecado que temos que lutar. Se a Igreja não acordar colherá frutos tenebrosos. Se sabemos da existência de um Deus verdadeiro, se conhecemos o seu amor, e o trocamos deliberadamente por outros deuses, vamos pagar caro por isso. Aliás, já estamos pagando caro por isso!

    Deixe-me fazer algumas perguntas que atualmente tem feito meu coração doer: - Quanto Jesus cobrou para exercer seu ministério e morrer na cruz por nós? Qual foi o cachê que Paulo cobrou para ser aprisionado junto com Silas nas piores prisões da época? Quais foram as exigências de nossos irmãos que morreram recentemente na China por não negarem o Evangelho? Quanta glória Jesus quis tomar para si quanto o chamaram de bom mestre? Quantas viagens Paulo negou por não atenderem suas exigências?

    Precisamos urgentemente de referenciais que apontem para Deus. Precisamos de mártires. Precisamos de humildade, simplicidade e pureza de espírito. Precisamos nos arrepender. Precisamos saber que “...o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. (Filipenses 1:21)

    Quanto aos ídolos de ouro que levantamos... não precisamos deles!

    "Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes". (Gênesis 35:2)

    Um abração em Cristo Jesus
    Ramon Tessmann
    http://www.vidanovamusic.com/ramon
    ramon@vidanovamusic.com


    Fonte: http://www.vidanovamusic.com/ver-destaque.asp?id=291

    sábado, 10 de novembro de 2007

    Adoração e Vida - Onde está o teu irmão?




    Clipe musical

    Confusão na Adoração!

    O que poderia ser motivo de unidade, hoje nos afasta.

    O que poderia ser um caminho de aliança, hoje faz romper; o que poderia ser motivo de edificação, faz ruir; o que poderia ser caminho de testemunho, impede incrédulos de enxergar e conhecer o cerne do evangelho! O que poderia exaltar a pessoa de Jesus, exalta pessoas, ministérios e “pequenos reinos”. Adoração confusa marca nossa época presente, refletindo a falta de ensino bíblico e interpretações estranhas das Escrituras!

    Algumas décadas atrás, a igreja brasileira sofreu algumas divisões provocadas por entendimentos diferentes quanto à doutrina do Espírito Santo e a adoração. Na adoração e louvor, as divisões quase todas se deram por uma análise das “posturas externas”. Uns levantavam a mão, outros não, uns diziam aleluia, outros não, uns batiam palmas, outros não, uns dançavam, outros não, uns falavam em línguas, outros não, uns eram informais nos cultos públicos, outros não, etc. Nossa adoração pública era influenciada por movimentos musicais que refletiam situações específicas vividas por algumas pessoas ou algumas igrejas em seus países de origem. Recebemos heranças e não há como negar, os missionários trouxeram para a igreja brasileira, e muito foi absorvido sem questionamento ou uma análise mais profunda. Por exemplo, dizia-se que não se podia usar música popular nos cânticos e hinos, e não nos dávamos conta que nossos hinários estavam repletos de músicas populares acrescidas com letras de temática bíblica ou cristã. Tivemos a influencia de Ralph Carmichael, Otis Schillings, Salomão Ginsburg, Kurt Kaiser, Beverly Shea (das cruzadas de Billy Graham), do ministério Maranatha Music, das cantatas de Peterson, etc. Em seu pano de fundo, refletiam momentos com ênfases doutrinárias vividas pela igreja na América do Norte. A igreja brasileira, ainda sem uma identidade na adoração, simplesmente absorvia estes modelos e produções, muitas delas de excelente qualidade musical e teológica, outras nem tanto. Fomos nos tornando mais rebuscados na adoração e em nossas manifestações artísticas, ao mesmo tempo em que se confundia adoração somente com música. A igreja estava desmobilizada para a adoração pessoal e comunitária, vivia-se de apresentações musicais onde as pessoas “assistiam” os chamados “serviços de culto”. A tentação de copiar modelos era grande, a busca por novidades era intensa e não tínhamos muitos mentores que pudessem ajudar a igreja brasileira a crescer nesta compreensão da adoração. Por isso que trabalhos como o do Pr. João Souza Filho, Gottfriedson, Asaph Borba (na época na Seara Latina Evangelística), Jairinho e Paulo César (na época na Palavra da Vida), Vencedores por Cristo, tornaram-se referenciais para muitos. E graças a Deus, bons referenciais. Fomos abençoados por eles. A busca por modelos e novidades que vêm de fora continua como característica da igreja brasileira nestes dias. Uma geração mais enfraquecida em sua compreensão bíblica, pois quase desapareceram os mestres e pastores que pregam a Bíblia expositivamente, preocupados e cuidadosos em ensinar o que ela diz, considerando as linguas originais, contexto, regras básicas de interpretação bíblica, etc. Conseqüentemente, o povo está menos habilitado a discernir e avaliar o que estamos ouvindo e vendo, fazendo o filtro fundamental de “reter o que é bom”. Infelizmente, em nossa geração consumista, instantânea e internética, que cultua a “imagem”, que “clama” novidades o tempo todo (Ron Kenoly e Graham Kendrick já são vistos como ultrapassados, imaginem só!), não buscamos os caminhos de simplicidade na adoração conforme ensinado por Jesus. Ele que nunca se iludiu ou se iludirá com manifestações e aparências externas na forma de religiosidade (Isaías 1) ou de eventos megalomaníacos para a mídia.

    O lugar esquecido da adoração, continua sendo o coração do homem, quebrantado, humilde e que reconhece a necessidade existencial e espiritual de conhecer, se entregar e andar com Cristo Jesus para de fato poder adorar a Deus (João 4:20-28). Enquanto isso, trabalhos musicais aportam numa velocidade incrível em nosso país, disseminando e despejando suas idéias e convicções sobre adoração, algumas bem pontuais, circunstanciais, e baseados na experiência ou revelações recebidas, de uma ou duas pessoas. Tenho participado de um número enorme de encontros, retiros e congressos, onde, em nome de “contribuir” para a visão da igreja brasileira, colocam-se pessoas de todas as tendências, estilos e pensamentos diferentes, para que, como num grande supermercado, escolhamos a linha ou visão a seguir. A idéia é: “consuma o que desejar e for pertinente para a sua realidade”. Quase no slogan do comercial conhecido em nosso país “experimenta, experimenta, experimenta”.....

    Ao contrário de maturidade, abertura de mente e humildade, isto reflete nossa insegurança e imaturidade em não balizar caminhos saudáveis para a adoração através do que a Bíblia realmente ensina, isto é, numa exegese mínima aceitável. Demonstra também uma grande fragilidade dos chamados líderes de adoração (termo que precisa também ser definido e explicado), que não ajudam as pessoas a discernir o que é bíblico e pertinente para a adoração. Falta-nos coragem de dizer o que cremos ou pensamos de fato e alertar sobre enganos que temos visto.

    Em nome de uma “unidade cosmética”, refletida em muitos palcos, ficamos em nossos cantos, vendo proliferar idéias e manifestações perigosas; algumas altamente manipulativas e humanizadas, e não colocamos a cara para bater falando, exortando e alertando dos perigos que alienam as pessoas de uma adoração que deve estar presente na vida, no cotidiano, no dia a dia, no silêncio, nos relacionamentos, onde ninguém vê ou está olhando, sem rádio e TV .

    Percebemos uma igreja que é altamente desmobilizada, por exemplo, na prática da ação social e ministério do socorro, adoração prática recomendada por Tiago (Tg 1.27). Onde estão as “reuniões poderosas de adoração” no serviço em favelas, hospitais, cuidando dos meninos e homens de rua, na evangelização e obra de missões, que transformam pessoas e realidades sociais? Onde está a adoração que abraça causas humanas e de justiça? Isto não passa nem de perto na compreensão de vários ministérios e líderes de adoração que caminham em nosso país.

    Ouve-se sobre adoração profética, sem se definir o que significa adoração e o que se quer dizer com profético. Como se ouve tanta coisa sobre isto, e mal explicado, quase como um jargão, a confusão se instala. Usam-se de forma inadequada o termo profético e a palavra profecia.

    O retorno ao louvor hebraico como pré-requisito na adoração,“parece” o caminho mais seguro ou divino, mas é um engano; busca-se então, um modelo de louvor chamado extravagante (precisamos buscar as bases bíblicas sobre o que é isto), Outro caminho trilhado tem sido a chamada “adoração no e do “mover” (quem conseguiu mapear a ação do Espírito que sopra onde quer, ninguém sabe de onde ele vem e nem para onde vai?). Outras ênfases sobre “posturas” do adorador tem sido veiculadas, quase como mudança de hábitos ou comportamento, e não de transformação interna e pessoal, etc.

    O Pai continua a procura dos que o adorem em espírito e em verdade. Como igreja, precisamos sempre do ensino e compreensão bíblica sobre adoração; o caminho está aberto para os mestres, pastores, e os que ministram louvor em nosso país que tem seus ministérios reconhecidos. As pessoas estão olhando para estes referenciais, e, portanto, temos que ser mais prudentes.

    Esclarecer e não confundir, ajudar as pessoas comuns a encontrar e adorar a Jesus na singeleza e simplicidade da vida, na meditação, na oração, na comunhão, na missão, na contemplação, e não em ritos mágicos, em oráculos e modelos decifrados por alguns especialistas e privilegiados dos “mistérios” da adoração.

    Há uma grande responsabilidade sobre os que ensinam em ajudar a igreja brasileira a entender, expressar e viver a adoração em todas as suas dimensões. A capacitação sem dúvida é do Espírito Santo.Temos boas influências que vêm de fora de nosso país, cabe-nos orar, ouvir, discernir com sabedoria e mútuo conselho, e reter o que é bom, segundo a revelação da Palavra de Deus.

    Deus abençoe
    Nelson Bomilcar
    http://www.provoice.com.br
    ministerio@vidanovamusic.com

    segunda-feira, 29 de outubro de 2007

    Quando o músico corre perigo - Por Daniel Souza

                    Sinais de que o músico está correndo perigo - A vida ministerial tem alguns termômetros. É importante ficarmos de olhos bem abertos e atentos ao que está acontecendo conosco no presente, pois, é um sinal da realidade que nos espera no futuro.

    Geralmente o músico não se preocupa com muita coisa a não ser com a própria música. Tendemos a imprudência, com nossa própria vida e, conseqüentemente, ministério.

    Quero afirmar, porém, o amor e cuidado que o Senhor tem para com seus filhos. Não somos simplesmente músicos; somos filhos amados de Deus.

    A área musical na igreja é tão preciosa e importante para cooperar com a vontade de Deus! É por essa razão que tem sido alvo das armadilhas do inimigo.

    Estejamos atentos. Sejamos sóbrios e vigilantes, como nos ensina a palavra (1Pe.5.8).

    A partir de algumas áreas analisaremos se nosso ministério corre perigo ou não. Que o Senhor nos ajude a ter um ministério firme e frutífero.

    ÁREA 1 - Comunhão com Deus

    * Pouco contato com a palavra - sinal de perigo

    Deus se revela a nós através de sua palavra. Além disso, a palavra é um recurso poderoso para que sejamos santificados.

    Não ler a bíblia é um dos piores males que podemos causar a nós mesmos. É um grande sinal de perigo.

    Para meditar (Jo.5.39; Jo.17.17; Cl.3.16)

    * Vida pobre de oração - sinal de perigo

    Quem não ora não pode se considerar nem íntimo e nem dependente de Deus. Se a oração sempre teve destaque na vida de Jesus o que nos resta, músicos?

    Para meditar (Ef.6.18; Cl.4.2; 1Ts.5.17)

    *Desvalorização do jejum - sinal de perigo

    O jejum nos ajuda muito na guerra contra a carne. Nosso ventre não é nosso deus (Fl.3.19). Quem nunca jejua deve questionar se de fato o espírito governa o corpo (Rm.12.1)

    Para meditar (Mt.6.17,18; 2Co.6.4,5)

    * Não ter tempo a sós com Deus - sinal de perigo

    O Senhor sempre e em todo lugar está conosco e nós com ele. No entanto, relacionamento verdadeiro com Deus significa separar um tempo exclusivo para Ele. Prioridade e exclusividade são características do amor verdadeiro.

    A bíblia nos mostra Jesus valorizando momentos a sós com o Pai.

    Para meditar (Mt.14.23; Mc.1.35; Lc.5.16)

    ÁREA 2 - Comunhão com a família

    * Não investir tempo com a família (cônjuge, filhos, pais, irmãos - e isso individualmente) - sinal de perigo

    Quem não investe tempo com sua família está edificando seu ministério na areia. A família necessita de tempo para fortalecer seus laços. Se os laços da família são frágeis, o músico também é frágil.

    Muitos músicos estão vulneráveis aos ataques do diabo por não compreender a importância do investimento de tempo na família.

    Músicos casados, vocês ainda separam pelo menos um dia para sair e namorar seu cônjuge? Músicos pais, vocês conseguem separar tempo exclusivo com seus filhos? Músicos solteiros, vocês tem irmãos? Vivem em comunhão com eles? Gostam de estar juntos?

    Para meditar (Mt.22.37-39; Gl.6.9; Ef.5.16)

    * Esconder a família - sinal de perigo

    Conheci um cantor que retirava sua aliança do dedo e a guardava no bolso quando ia ministrar à igreja. Em outro caso, mantive uma amizade de vários anos com um irmão sem nunca ter conhecido sua família.

    Muitos ministros nem pensam na possibilidade de ter a companhia de seus cônjuges e filhos nos lugares onde vão ministrar. Isto é um péssimo sinal. Permita conhecerem sua família.

    Para meditar (Rm.12.10; 13.7)

    * Se sentir incomodado no lar - sinal de perigo

    Não é só no mundo que algumas pessoas preferem outros lugares a seu próprio lar. Infelizmente, esta é a realidade de alguns em meio à igreja.

    Além de um porto seguro, o lar é também um lugar de aperfeiçoamento. Querido músico, você precisa de sua família mais do que pensa.

    Se você não se sente à vontade em sua própria casa, algo está errado.

    Conheço alguém que diz exercitar a renúncia todas as vezes que tem de sair de casa para ministrar. Em uma de suas músicas, Marcos Witt diz que só consegue ficar longe de seu lar por causa de Jesus. Ele expressa a saudade que sente de seus filhos nesta canção considerada, ao menos por mim, uma prova da saúde de seu ministério.

    Para meditar (Pv.27.8; 1Pe.3.7)

    * Não ver a família como o primeiro ministério - sinal de perigo

    É impressionante e verdadeira a seguinte frase: "a família vem antes do ministério".

    A primeira responsabilidade que temos diante do Senhor é o cuidado com nossa própria família. E esse cuidado se torna prático através do amor do marido, da submissão da esposa, cuidado dos pais para com os filhos através do suprimento espiritual, emocional e físico, além da disciplina, da honra e obediência dos filhos a seus pais e do amor dos irmãos. Família e ministério se fundem.

    Para meditar (Ef.5.22-6.4; Cl.3.18-21; 1Tm.3.5)

    Fonte: http://www.linksdejesus.com/artigos.asp?nart=332

    quarta-feira, 24 de outubro de 2007

    A disciplina no louvor

                           Por Ramon Tessmann

    É de praxe vermos equipes musicais enfrentando uma série de problemas com seus integrantes. Problemas causados por mau comportamento (mau testemunho), pecado, mágoa, inveja, fofocas, contendas, falta de dedicação, falta de compromisso, e outros, obrigam líderes e pastores a se questionarem no fato de como podem ou devem exortar e disciplinar os levitas de suas comunidades. Muitos têm tentado, com sucesso, realizar este árduo trabalho, outros tentam, sem sucesso, mas com sincero esforço, buscar a melhor maneira de aconselhar um músico.

    Infelizmente, ainda vemos igrejas tratando os problemas do ministério de música de forma errada (às vezes são excessivamente liberais, às vezes excessivamente rígidos), trazendo conseqüências desastrosas às pessoas envolvidas. Histórias envolvendo líderes e liderados descontentes uns com os outros não são difíceis de se encontrar. O primeiro tópico que quero tratar (a seguir) é o problema da disciplina rígida e a liberal, antes de tratar de bons conselhos concernentes à exortação e aconselhamento. Bem, vamos adiante!

    A disciplina rígida

    Alguns grupos cometem o erro de disciplinar (julgar ou exortar) os seus membros de forma tão rígida que esta atitude acaba, em alguns casos, se tornando uma grande injustiça. Por exemplo, eu conheço uma igreja que não permitiu que alguns de seus músicos trabalhassem no culto por eles estarem estudando a noite, o que os fazia estar disponíveis para ensaios apenas nos finais de semanas. Sei que alguns destes músicos eram bastante dedicados, tinham o coração voltado a Deus e acima de tudo, eram preparados musicalmente e espiritualmente para desempenhar a tarefa.

    Como outro exemplo, cito o caso de um guitarrista que no início de sua vida cristã há alguns anos atrás, acabou partindo para a agressão física com outra pessoa, por um motivo qualquer. Um presbítero (hoje desviado), ao ver esta cena disse aos brados: Você nunca mais pisará o pé num púlpito para tocar guitarra! Felizmente este guitarrista é hoje uma bênção na casa de Deus, e aquela maldição proferida não surtiu efeito, glória a Deus! É triste ver que alguns líderes e pastores têm tratado os seus músicos como se eles fossem inimigos da igreja, esperando ansiosamente para castiga-los, humilha-los, para dizer que são preguiçosos, que não possuem musicalidade, etc. Muitos ainda os comparam com os músicos de outras igrejas, rebaixando os seus e exaltando os outros. Depois reclamam que Deus não envia músicos para a sua comunidade. A verdade é que o líder deve saber agir com amor, paciência e com alguma rigidez, dependendo do caso, mas sempre sabendo controlar os seus sentimentos. Sabemos que os músicos são pessoas difíceis de lidar, e às vezes leva tempo para que eles tenham uma visão madura. Com certeza, a falta de flexibilidade pode trazer várias conseqüências desagradáveis ao grupo de louvor.

    A disciplina liberal

    Um outro erro que observamos é o dos líderes que não dão a mínima para o grupo de louvor que Deus pôs em suas mãos. A cegueira faz com que os dirigentes deixem os músicos fazerem a maior algazarra no grupo, onde qualquer um faz o que quer, e o que bem entende. Ás vezes, é engraçado, e de certo modo triste, vermos músicos tendo mais autoridade que seus líderes, mandando e desmandando aonde querem.

    Certamente a bagunça não é algo que Deus tem prazer em ver dentro de sua casa. É necessário também tocar no assunto da santidade. É com pesar no coração que vemos igrejas permitindo que seus músicos vivam e continuem a viver no pecado. Amiúde encontramos instrumentistas e cantores cristãos vivendo em adultério, em vícios, envolvidos em contendas, fofocas, etc. Ou músicos que não se dedicam, que não têm compromisso com Deus, etc. Nos espantamos ao ver algumas pessoas se defenderem dizendo: Todos são pecadores! É verdade que todos somos pecadores, mas devemos buscar a santidade dia após dia, fugindo do pecado. De outra forma, não seremos sal da terra, luz para o mundo, e não também não poderemos ministrar na casa de Deus!

    Como disciplinar

    O primeiro ponto a se olhar no que se concerne à disciplina, é cuidar para não ser liberal ou rígido demais. Sabemos que sem santidade, uma pessoa não deve nem subir no púlpito para servir. Concluímos então, que quando um músico comete um pecado em público, ele deve ficar no banco até se concertar com Deus e com os membros do grupo. Nós, do Ministério Vida Nova e vários outros grupos de louvor, adquirimos esta regra: Quem está em pecado perante a igreja nunca é chamado para trabalhar. O tempo de disciplina varia de caso para caso, e isto é o líder do ministério de música quem decide.

    Antes de aconselhar, exortar ou disciplinar, o líder deve ter uma conversa séria e sincera com o músico. Costumo pensar que muitos dos problemas existentes nos grupos de louvor de hoje, poderão ser resolvidos na conversa, sem exigir medidas drásticas. Um exemplo que se encaixa perfeitamente nisto é o caso do músico que já tem seu sustento próprio (vida profissional), mas não está devolvendo o seu dízimo ao Senhor. Neste caso, uma boa conversa deve bastar. Infelizmente, em alguns casos de erro, uma boa conversa resolve o problema, mas não resolve as conseqüências, pois as mesmas só se apagarão com o tempo. Cito como exemplo o caso de dois músicos que se agridem fisicamente, em público. Como sabemos, eles poderão se perdoar no mesmo dia, mas como a briga foi em público, levará um certo tempo até "baixar a poeira". Neste caso, algum tempo de disciplina não fará mal a estes dois músicos. Ao se exortar, vários fatores devem ser levados em conta. Se um músico estiver envolvido numa fofoca ou contenda, a primeira coisa a fazer é ouvir este levita, ouvir as pessoas envolvidas, constatar se não há segundas intenções no coração de quem proferiu as fofocas, etc. Assim estaremos cortando o mal pela raiz, sabendo realmente de quem foi erro e qual o tipo de aconselhamento que deve ser dado.

    Outra questão a ser tratada é a da preguiça espiritual ou musical. Quase todas as igrejas enfrentam o problema do instrumentista ou cantor que não se dedica à obra em que foi chamado, ou não é compromissado com Deus e o grupo. Nestes casos, os líderes devem ter paciência para ensiná-lo e deixar claro que dali para frente haverá uma maior cobrança no que se refere à dedicação e esforço pessoais.

    Conclusão

    Amados, sei que cada caso é diferente do outro. Situações e pessoas diferentes são envolvidas em cada um deles, mas é bom ter cuidado para não haver rigidez ou liberdade em excesso. Por fim, digo que a atitude mais importante e óbvia a se fazer, é pedir direção de Deus para cada situação. Creio que Deus revolverá cada problema e colocará no coração do líder as palavras certas para a exortação, o aconselhamento ou à disciplina de um músico! Lembre-se sempre: Deus é quem está no controle!



    Um abração em Cristo Jesus
    Ramon Tessmann
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    ramon@vidanovamusic.com

    terça-feira, 16 de outubro de 2007

    Ministrando aos Homens ou a Deus? por: Ramon Tessmann

    "...servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens..." (Efésios 6:7).

    As dificuldades que um dirigente de louvor confronta enquanto está conduzindo o povo na adoração congregacional são inúmeras. Dentre as mais corriqueiras e mais discutidas entre os líderes e dirigentes está a excessiva preocupação com a aprovação e agrado dos homens no que diz respeito a sua performance. Na verdade, alguns expõem que a dificuldade está no fato de que nos prendemos demais naquilo que nossos olhos enxergam (o povo, o homem) e esquecemos de adorar "em espírito e em verdade" (ou seja, não dirigimos o louvor a Deus, mas ao povo).

    Percebo que muitos dirigentes estão com o coração aflito por causa deste problema. Eles estão com a consciência pesada pois sabem que durante o culto se esquecem (involuntariamente) dAquele que deveria ser o centro de todas as atenções. Alguns já me confessaram totalmente contristados: "Irmão, me ajuda porque eu não consigo me concentrar em Deus, estou muito preocupado com as pessoas!".

    Há algum tempo atrás enfrentei este problema. Sentia-me culpado porque media o sucesso da minha direção na resposta, no "feedback" da igreja. Se eu percebia que o louvor estava fluindo e os irmãos estavam cantando conosco com toda a avidez então concluía que Deus estava "aceitando" a adoração. Se nalgum dia a igreja não estivesse disposta a cantar, então era porque Deus não queria ser louvado, não era dia de louvor, ou seja, os ares espirituais estavam muito tenebrosos (que triste conclusão!).

    É um erro pensar que as músicas que agradam as pessoas, são as mesmas músicas que agradam a Deus e são as mesmas que Ele quer ouvir no mesmo momento em que as pessoas querem ouvir. Às vezes, pecamos ao pensar que Deus é apenas mais um na platéia, que a opinião de Deus tem o mesmo peso que a opinião do irmão José. A voz do povo não é a voz de Deus! O povo é o povo e Deus é Deus!

    Muitas vezes já falei coisas durante o culto que desagradaram a homens, mas agradaram a Deus. Por outro lado, já falei palavras e cantei músicas para agradar a homens e acabei desagradando a Deus (e por isso me arrependo profundamente). Alguém poderia perguntar: "Então quer dizer que só tenho que cantar e ministrar palavras que desagradam os homens, para agradar a Deus?". Naturalmente, não. Haverá momentos que o que Deus quer falar vai agradar os homens, vai levar o povo à presença dEle. E aí haverá a tão desejada fluência no louvor, porque a vontade de Deus vai ser valorizada, vai ter peso. Já foi dito: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10). 

    O que quero trazer à luz neste artigo é que os dirigentes de louvor devem estar mais preocupados com Deus e sua vontade do que com o que o povo vai pensar ou falar de sua performance. Assim os dirigentes podem ficar mais descansados e em paz, pois fazer a vontade de Deus é infinitamente melhor do que fazer a vontade dos homens. Prefiro ser avaliado e julgado por Deus do que pelos homens. Então, meu irmão, descanse em Deus e se preocupe em ministrar a Ele. Deus é misericordioso, já o povo não tem piedade (Marcos 15:14). Procure agradar a Deus. Quanto aos homens... bem, prepare-se... algumas vezes haverá críticas, insatisfação, desagrados, julgamentos e condenações. Quanto a Deus... Ele estará sorrindo para você!

    No amor de Cristo,
    Ramon Tessmann

    Fonte: http://www.musicaeadoracao.com.br/artigos/adorador/ministrando_homens_ou_deus.htm                                

    sexta-feira, 7 de setembro de 2007

    Levitas dão frutos para a eternidade

    Levitas dão frutos para a eternidade               Por Sóstenes Mendes

    “Levita não é o músico, mas todo aquele disposto a servir.”

    Gosto sempre de lembrar: levita não é o músico, mas todo aquele disposto a servir. Não existe uma importância maior para o músico no Reino de Deus. Tanto o que toca, quanto o que abre a porta ou limpa o chão, servindo ao Senhor, é levita.

    Quero relembrar também que a glória da presença de Deus é trazida no ambiente, pelos levitas. A presença de Deus em nosso meio não se dá por nenhuma das nossas programações, liturgias, idéias, enfeites ou recursos materiais, mas pela vida dos levitas.

    Se eu decido viver para servir ao Senhor e aos irmãos, então o Espírito de Deus começa a se manifestar de uma forma tão intensa que a glória de Deus vem cada vez mais intensa e poderosa.

    Os levitas podem dar muitos frutos, cada um de acordo com o talento que recebeu de Deus. As igrejas podem desenvolver maravilhosos projetos e idéias, podemos construir muitas coisas, mas tudo o que produzirmos nesta terra ficará aqui mesmo, não durará para sempre. Só há um fruto que os levitas podem produzir para a eternidade. Só há uma missão ou projeto da igreja local que permanecerá para sempre. Só há um trabalho que vale a pena investirmos.

    Vidas

    Se nós, como levitas do Senhor, usarmos os talentos para alcançarmos vidas, caminharmos com elas ensinando a Palavra, edificando o Corpo de Cristo, então estaremos produzindo frutos eternos. Todos os recursos físicos que precisamos virão do Senhor para nós. Não precisamos nos ocupar em ajuntar, construir, fazer, realizar...

    Conheço muitas igrejas em todo o mundo. Vejo muitas delas, inclusive bem perto de nós, que se ocupam demais em construir e ampliar o patrimônio, são igrejas e ministérios que não “armazenam” frutos na eternidade.

    Mas conheço também muitas igrejas que estão crescendo e sendo tremendamente usadas por Deus para o resgate de milhares de vidas. Elas também constroem, pois a cada dia precisam de mais espaço para comportar as vidas, mas a prioridade continua sempre sendo as vidas. Precisamos estar na presença do Senhor para recebermos mais e mais unção e poder, a fim de sermos autoridades espirituais, resgatando e instruindo muita gente, no caminho santo da vida cristã.

    Parece que estes objetivos de vida não têm muito haver com os músicos. Vemos sempre os músicos envolvidos em gravações, shows, projetos e projetos... Meus irmãos, todos os frutos que podemos produzir com nossas mãos, se não forem simples instrumentos para abençoar vidas, então serão queimados como palha no fogo. Somente as vidas transformadas pelo Espírito Santo através de nós, serão frutos eternos.

    De que me importa produzir tanto nesta Terra e não poder apresentar meus frutos na eternidade? Quero usar os talentos que recebi do Senhor, para que Ele possa realizar Seu maior desejo: salvar vidas. Quero ser alguém que quando toca ou canta, gera o mover de Deus para transformação de vidas. Quero ser um canal de salvação e edificação.

    Não quero passar minha vida “realizando coisas” Não quero me gastar em projetos, quero me gastar nas mãos do Senhor para edificação de vidas, frutos eternos. Como levita do Senhor, o que você tem produzido para o Reino? Os frutos que brotam da tua vida são frutos eternos ou passageiros?

    É claro que executaremos muitos projetos terrenos, dirigidos pelo Senhor. Porém todos os projetos precisam ter um só objetivo: alcançar e discipular vidas! Os ministérios de música das igrejas precisam entender cada dia mais a função espiritual dos levitas e da própria música. Enquanto servimos ao Senhor com nossos talentos musicais, gerando louvor e adoração, não produzimos apenas arte, mas produzimos palavras e sons proféticos que geram o mover da Palavra, o mover do próprio Jesus.

    Desafio você a se reunir com o departamento, ou o ministério ao qual pertence em sua igreja e ter um tempo de oração e busca diante do Senhor. Clamem a Ele pedindo mais e mais sabedoria quanto às atividades que lhes tomam o tempo. Declaremos juntos ao Pai: Senhor, queremos ocupar toda a nossa vida em projetos vindos do céu para salvação e edificação de vidas. Queremos ser levitas de verdade. Queremos produzir frutos para a eternidade!


    Pastor do Projeto Adoradores – BH
    Sóstenes Mendes
    http://www.projetoadoradores.org.br
    http://www.projetoadoradores.org.br

    Fonte: http://www.vidanovamusic.com/artigos.asp?nart=200

    terça-feira, 4 de setembro de 2007

    A Importância de Qualidade Musical Na Igreja

                         Por Raquel Emerick                                                                                             E no Tabernáculo de Davi? Havia qualidade musical? Havia divisão de vozes? Havia vários instrumentos? Havia ensaios?

    Querido leitor, eu quero levá-lo a ver algumas verdades sobre a necessidade de usar a música com qualidade para a glória de Deus!
    Se você ler cuidadosamente os livros das Crônicas, você conseguirá observar estes detalhes preciosos. Quero aqui neste breve artigo ressaltar duas partes deste livro que me chamam mais a atenção.
    No capítulo 15 do primeiro livro, lemos, a partir do verso dezesseis:

    “E disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssem, de seus irmãos, cantores, para que com instrumentos musicais, com alaúdes, jarpas e címbalos, se fizessem ouvir, levantando a voz com alegria. Designaram, pois os levitas a Henâ (...) Asafae (..) Etã (...)”
    “E os cantores, Hemã, Asafe e Etã, se faziam ouvir com címbalos de metal; E Zacarias, Aziel, Semiramote, Jeiel, Uni, Eliabe, Maaséias, e Benaia, com alaúdes, sobre Alamote. E E Matitias, Elifeleu, Micnéias, Obede-Edom, Jeiel, e Azazias, com harpas, sobre Seminite, para sobressaírem. E Quenanias, chefe dos levitas, tinha o encargo de dirigir o canto; ensinava-os a entoá-lo, porque era entendido” (v. 19-22)

    Talvez sua Bíblia já tenha traduzidos os termos Alamote e Seminite, por exemplo. (várias Bíblias hoje já são assim). Se a sua for uma delas, você vai poder confirmar o que vou dizer.
    O termo Alamote, do orginial significa SOPRANO, e Seminite, significa TOM DE OITAVA.
    Algumas Bíblias até tem a tradução de Alamote como com alaúdes, em voz de soprano, e de Seminite como em voz de baixo, para conduzir o canto.
    A Bíblia amplificada chega a comentar sobre Alamote: “Provavelmente as vozes agudas, da Clave de Sol”
    E de Seminite: “Provavelmente as vozes graves, da Clave de Fá”.
    O versículo 22 diz que Quenanias era entendido, em outra versão, era ‘perito’ no canto. Outra ainda diz que ele era o ‘regente do coral, pois era um músico habilidoso’.
    Temos algumas interpretações diferentes para nós hoje, devido ao fator tempo, instrumentos musicais, termos não definidos, etc. Mas mesmo assim, uma coisa podemos afirmar sem medo de errar: Havia qualidade, havia postos designados, ensaiados, diversidade de instrumentos, de vozes e arranjos dos mesmos. Por que hoje há tanto problema com relação a pessoas que não querem estudar música, que são contra ensaios e não querem aprimorar o dom que o Senhor lhes deu? Estes dons serão cobrados um dia, e deverão ser multiplicados (ver Mt. 25:14-29 ).
    Outra passagem de I Crônicas é do capítulo 25, versos 6 e 7:
    “Todos estes estavam sob a direção de seu pai, para a música da casa do Senhor, com saltérios, címbalos e harpas, para o ministério da casa de Deus; e Asafe, Jedutum, e Hemã, estavam sob as ordens do rei. E era o número deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto ao Senhor, todos eles mestres, duzentos e oitenta e oito”.
    Neste tempo havia um coral de 288 vozes! E não somente vozes não trabalhadas, mas MESTRES, peritos no canto a Deus!

    Continue desenvolvendo seu dom no Senhor! Esse é nosso chamado como ministros ao Senhor com a música. O que possui um dom deve se esmerar no que faz. Aquele que ensina, deve estudar, aprimorar-se, etc. O que prega, deve buscar a cada dia mais. E o que usa a música como ferramenta de adoração, também de estudar e sempre melhorar no que faz, sabendo que um dia lhe será cobrado, e ciente também, de que se veio do Senhor, para Ele, e a Ele somente, é devida toda a glória.

    Deus te abençoe.
    Em Cristo,
    Raquel

    Fonte: http://www.linksdejesus.com/artigos.asp?nart=241

     

    terça-feira, 28 de agosto de 2007

    Carta Aberta para Compositores - Por Brian McLaren

                                     Saudações!

    Companheiros compositores, companheiros adoradores, líderes de adoração, companheiros músicos/artistas e seguidores de Jesus:

    Durante os últimos anos tenho tido o privilégio de estar ´na estrada´ falando com jovens líderes que estão ‘emergindo’. Acho que fui convidado a falar para eles para cumprir alguma cota de responsabilidade dos que passaram a casa dos 40 anos, e também porque muitos dos ‘líderes em emersão’ estão lidando com o tema da pós-modernidade – tema esse que me fez perder os cabelos, e sobre o qual tenho escrito alguns livros.

    Em casa, sirvo como pastor de uma igreja que tem o compromisso de entrar na transição pós-moderna e lidar com esses assuntos com ousadia e confiança. Digo ´ousadia e confiança´ sabendo que ainda não existem mapas para guiar a igreja nesta aventura – então, não sabemos exatamente aonde estamos indo, mas estamos tentando seguir Jesus. Acho que nos sentimos como os filhos de Israel, que deixaram o Egito da modernidade e cruzaram o Mar para o deserto – estamos confiando que uma nuvem e um pilar de fogo, enviados por Deus, nos guiarão de dia e de noite.

    Um dos benefícios extras em viajar muito, como músico, é que tenho a oportunidade de ouvir dezenas de bandas e líderes de louvor. E tenho gastado, literalmente, horas em cada evento, sendo liderado na adoração. São várias as observações e afirmações que eu poderia compartilhar com você, que é líder de louvor. Existem tantas tendências encorajadoras, além de alguns problemas persistentes, mas uma tendência realmente sobressai sobre todas as outras. O que vou dizer agora, na verdade, é mais um pedido do que uma observação: um pedido para que os compositores do nosso meio explorem e então liderem a um novo território – nas letras das músicas e também espiritualmente.

    Escutamos muitas reclamações sobre música fraca, letras repetidas e teologicamente ralas (e outras coisas) no mundo da música cristã contemporânea. Algumas dessas reclamações vêm de pessoas que, no fundo, gostariam que de voltar a cantar hinos, como nos anos 50 (1850 ou 1950 – você escolhe). Não estou interessado em reclamar e tenho pouco interesse nos anos 50 (talvez me interesse por 2050). O que eu quero dizer é que muitos de nós acreditamos que estamos entrando (ou que já entramos) num período significativo – tanto teologicamente, como culturalmente e espiritualmente – e talvez historicamente tão significativo quanto o período de Reforma, quando o mundo medieval abriu o caminho para o mundo moderno.

    Agora, enquanto o moderno abre o caminho para o mundo pós-moderno, temos expectativas para ver uma revolução teológica (finalmente nos ajudando a ser mais bíblicos e mais espirituais, mais efetivos em nossa missão – e, por favor, Deus, mais claros em relação a qual é a nossa missão).

    Mas, aqui é onde pega. No mundo moderno, a teologia foi feita por estudiosos e foi expressa em livros e preleções. No mundo pós-moderno, muitos de nós acreditamos que os estudiosos terão que deixar a biblioteca com mais freqüência para se misturarem mais com o resto de nós. Os melhores deles vão se unir com mãos e corações aos poetas, músicos, produtores de filmes, atores, arquitetos, paisagistas e decoradores, dançarinos, escultores, pintores, autores, fotógrafos, web-designers e qualquer outro irmão ou irmã do ramo artístico – não somente para comunicar ao mundo pós-moderno a teologia cristã – mas também para o discernir e o descobrir. Porque uma das maiores transições é a do cérebro esquerdo para o cérebro inteiro, do reduzido raciocínio analítico para uma teologia holística abrangente – uma teologia que trabalha na mente e no coração, no entendimento e na imaginação, na proposição e na imagem, na clareza e no mistério, na explicação e na narração, na exposição e na expressão artística.

    Nossos compositores poderiam fazer um papel espiritual chave, enraizando mais desta teologia holística em nosso povo. Mas infelizmente eu tenho sentado e participado de vários períodos extensos de louvor ao redor do país e sinto que nossas letras de músicas não estão nos guiando até esse novo território. Em alguns instantes, na verdade, estão nos segurando. Por favor, POR FAVOR, não escute isso como crítica, mas como uma sugestão – ´gentil, mas feita de coração´ – para mudança.

    Vamos ser específicos: uma quantidade exagerada das nossas letras são até embaraçosas e pessoais – sobre Jesus e eu. Intimidade pessoal com Deus é um passo maravilhoso acima do dogma, que é frio, abstrato e inflexível. Mas não é a história completa. De fato – e talvez isso choque – a intimidade não é o ponto central no novo mundo em surgimento, pós-moderno. Uma música conhecida que tenho ouvido em muitos períodos de louvor nos últimos anos (que inclusive cantamos em Cedar Ridge, onde sou pastor) fala que adoração é ´tudo sobre Você, Jesus´, mas, à parte desta frase, sinto que adoração e Cristianismo em geral tornaram-se ´tudo a respeito de mim, mim, mim´. Se você duvida do que estou falando, preste atenção na próxima vez que estiver cantando num período de louvor. É a respeito de como Jesus me perdoa, me dá segurança, me faz sentir a sua presença, me fortalece, me abraça, me toca, me renova, etc., etc. Sim, tudo isso é bom. Mas, se um marciano viesse a Terra para nos observar, acho que observaria uma das duas opções: a) Estas pessoas são um pouco disfuncionais e precisam de terapia do ‘abraço’ (o que é irônico, porque os cristãos são as pessoas financeiramente mais estáveis no mundo, que foram abençoadas em todos os aspectos muito mais do que qualquer outro grupo na história), ou b) Estas pessoas não ligam nem um pouco para o resto do mundo, e sua religião/espiritualidade faz com que elas sejam tão egoístas quanto os ‘não-cristãos’, porém, em termos espirituais e não materiais. (Vale a pena ler esta última frase novamente!).

    Eu acho que nenhuma das duas opções é tão verdadeira como aparenta para um ET, mas acho que nós, compositores, continuamos fazendo músicas deste tipo porque pensamos que é isso que as pessoas querem e precisam. O que assusta é que embora eu não ache que as observações são completamente verdadeiras, sei que podem se tornar, a menos que façamos alguma coisa para corrigir isso e procurar por um equilíbrio melhor.

    É embaraçoso admitir, mas alguns de nós neste momento estão pensando: ´Se composição espiritual não é a respeito de uma intimidade profunda e pessoal com Deus, o que mais nos resta?”

    Deixe-me oferecer uma lista de temas bíblicos que acredito serem interessantes para explorarmos em nossas letras. Você ficará surpreso ao me ouvir falar primeiramente sobre ´escatologia´ – e posso lhe garantir que não estou falando sobre transformar em música o livro mais recente sobre o apocalipse. (Por favor! Não! Não é isso!) Quando digo escatologia (que significa o estudo do fim, ou o alvo para onde todo o universo caminha), eu quero falar sobre a perspectiva bíblica do futuro de Deus, que está nos puxando para Si.

    Muitos de vocês que cresceram como eu e aprenderam sobre escatologia no final do modernismo ficarão surpresos ao ouvir que uma nova abordagem de escatologia está surgindo (encabeçada por teólogos como Walter Brueggeman, Jurgen Moltmann e os ´teólogos da esperança”). Esta abordagem não tem mapas ´modernos´ ou previsões incertas, mas está cheia da poesia bíblica de Isaías, Jeremias, Apocalipse – poesia que quando entra em nós, planta uma visão do mundo muito diferente e melhor do que a nossa. E quando esta esperança cresce e enraíza em nós, nos torna agentes dela.

    Posso imaginar a alegria sendo expressada em músicas que capturam o espírito de Isaías 9:2-7, 25:6-9, 35:1-10, 58:5-14! Quem escreverá essas canções? Elas precisam ser compostas, porque pessoas precisam de esperança, precisam de uma visão melhor do futuro. Neste mundo triste, conflitante, poluído e fragmentado, as pessoas precisam de imagens de celebração, paz, justiça e plenitude em suas mentes, em sua imaginação – pois é para onde este mundo está sendo movido. Isso é muito maior do que canções sobre mim no céu. Não são imagens de nuvens e ‘etheral’ e outras imagens seculares. Compositores, entrem de cabeça nessas passagens e deixem que o seu coração seja inspirado a escrever músicas de esperança; músicas que coloquem nos corações um sonho do futuro que foi esquecido – o sonho do Reino de Deus que está por vir e a vontade de Deus sendo feito aqui na terra como é feita no céu.

    Talvez você fique muito surpreso ao me ouvir sugerir que precisamos de mais músicas de missão. Muitos de nós acreditamos que um senso novo e maior de missão (não somente envio de missionários e não só evangelismo, mas missão como nossa participação na missão de Deus, no Reino de Deus, que é tão maior e grandioso do que os nossos esquemas de auto-expansão organizacional) é o elemento chave necessário para caminharmos no mundo pós-moderno.

    Isso toca no coração da nossa cultura consumidora, que é ´tudo a respeito de mim, tudo sobre mim, mim, mim´. Jesus veio não para ser servido, mas para servir – e como Ele foi enviado, assim nos mandou até o mundo. O coração da nossa identidade, como a igreja na nova teologia que está surgindo, não é que somos as pessoas que foram escolhidas para serem abençoadas, salvadas, resgatadas e re-abençoadas. Isso é uma heresia, uma meia-verdade que as nossas músicas estão perigosamente perto de espalhar e enraizar mais e mais nas pessoas. Sem querer, é claro! Mas o coração da nossa identidade como Igreja na nova teologia que está surgindo é que nós somos um povo que foi, como Abraão, abençoado para ser bênção, abençoado para ser capaz de ‘levar a bênção’ para o mundo.

    Para muitos de nós, o mundo existe em prol da Igreja. É como se ele fosse uma mina de onde as pessoas são ‘garimpadas’ para construir a Igreja – que é realmente aquilo que importa. Na nova teologia e espiritualidade pós-moderna em surgimento esta imagem é terrível. Serve para espelhar o estupro e a pilhagem que as empresas industriais modernas fazem. Nisso, a igreja é mais uma indústria que tira e toma para seu próprio benefício. É tão diferente da imagem da Igreja como uma comunidade apostólica enviada até o mundo com as mãos, os pés, os olhos, o sorriso e o coração de Cristo. Nós precisamos de canções que celebram esta dimensão ‘missional’ – canções boas e muitas!!!

    Como inspiração, precisamos retornar às Escrituras e ler os Profetas e os Evangelhos; sentir o seu coração para o pobre, o necessitado e o quebrantado. Você não acha que estes temas deveriam ser expressos em música? Eles não merecem esta dignidade? Enquanto escrevo, sou tocado por este pensamento: talvez estejamos dando tanta ênfase no papel da música em adoração, que chegamos a ponto de excluir outras opções litúrgicas (poesia, orações históricas, silêncio, leitura de meditação, etc.) e esquecemos o papel de canções no ensino. Lembra que em Colossenses 3 Paulo fala sobre cantar os ensinos de Cristo, uns aos outros, em canções do espírito?

    Talvez você fique igualmente surpreso ao me ouvir recomendar para nós re-descobrirmos a espiritualidade cristã histórica nas nossas letras. Como Robert Webber, Thomas Odin, Sally Morgenthaler e outros estão nos ensinando, há uma riqueza nas Escrituras espirituais históricas, incluindo várias orações lindas pedindo para serem traduzidas em canções contemporâneas. Cada era da História tem ricos recursos para oferecer – do período Patrístico ao período Celta e deste para o Puritano. Em cada página de Thomas de Kempis (Imitação de Cristo), em cada oração dos santos medievais há inspiração nos esperando. E quando nós olhamos para as letras repetitivas e ‘formulativas’ que milhões de cristãos estão cantando (porque é isso que estamos compondo, pessoal!), a oportunidade perdida até quebra o coração. Estas ´vozes estranhas´ alargarão os nossos corações e os enriquecerá sem medida – e eventualmente, essas vozes se tornarão as vozes de amigos, de irmãos e irmãs, porque é isso que são quando nós os convidamos para adoração através das canções.

    Você ficará menos surpreso ao me ouvir dizer que precisamos de músicas que são simplesmente sobre Deus; músicas onde Deus está sob o holofote, que falam para Ele a respeito do Seu caráter, de Sua glória, não apenas sobre o excelente trabalho que Ele tem feito em prol do meu bem-estar. Similarmente precisamos de músicas que celebrem o que Deus faz para o mundo – o mundo inteiro – não somente para mim ou nós. Se você não faz idéia do que estou falando, leia os Salmos; eles amam celebrar aquilo que o Senhor faz para toda a terra, não apenas para o povo de Israel. Muitas das músicas que precisamos também celebrarão Deus como o Criador – um tema importante nas Escrituras, mas não para a maioria das nossas igrejas.

    Sentimos falta de uma boa teologia da Criação na era moderna, e precisamos de compositores/artistas e teólogos para juntarem-se na cultura ‘emergindo’ para celebrar Deus como o Deus da criação – não somente de 15 bilhões de anos atrás (seja qual for o tempo), mas de hoje, de agora. O Deus que sabe quando um pardal cai do céu, que sua glória ainda se reflete num raio, que sua bondade ainda cai como orvalho logo de manhã, que seus mistérios ainda são vistos nas profundezas do oceano e na imensidão do céu, à noite.

    Também devo mencionar as músicas de lamentação. A Bíblia está repleta de canções de lamentação, de blues, que são as mais tristes de todas; canções que descrevem a distância agonizante entre o que esperamos ter e o que temos, o que poderíamos ser e o que somos, o que cremos e o que vemos e sentimos. A honestidade até incomoda, e as canções de lamentação nem sempre terminam com um clichê do tipo ´e viveram felizes para sempre´, para aliviar a dor. Às vezes acho que somos até felizes demais, e a única forma de nos tornarmos ainda mais felizes é nos entristecendo ao sentirmos a dor do doente, do pobre desesperado, do enfermo mental, do solitário, dos velhos e esquecidos, da minoria oprimida, da viúva e do órfão. Essa dor deveria ser achada nas nossas músicas, e essas músicas deveriam ser achadas nas nossas igrejas. O amargo fará o doce ainda mais doce. Sem o amargo, o doce se torna enjoativo, e muitos das nossas igrejas se sentam como na ‘Candyland’ (jogo infantil). É muito, pedir que sejamos mais honestos? Sabemos que dúvidas fazem parte da nossa vida. Também a dor e a espera além da desesperança fazem parte da nossa vida. Essas coisas não podem ser refletidas nas músicas das nossas comunidades? Não é verdade que cantar, sem cessar, sobre celebração de vitória perde a sua vitalidade (e até sua credibilidade), se não cantamos também sobre as lutas?

    Falando nisso, eu gostaria de fazer algumas observações e pedidos sobre os estilos. Novamente, não estou sendo crítico, mas estou tentando ajudar e tentando oferecer maneiras em que você, com os seus dons, possa servir melhor a Igreja e a nossa missão nestes tempos transitórios. Vou fazê-las em forma de perguntas.

    Primeiro, sugiro que nós finalmente e completamente ‘desencanemos’ de usar a versão King James nas novas letras, mesmo que escolhamos mantê-la nas nossas músicas mais antigas. Chega!

    Segundo, sugiro que tenhamos cuidado ao usar linguagem bíblica gratuitamente: Sião, Israel, alturas, etc. Se existe uma boa razão para utilizar tal linguagem, tudo bem. Por exemplo, quando elas precisam ser usadas especificamente, com um objetivo, e não apenas para parecermos mais ´espirituais´. Se não, podemos achar linguagem contemporânea e ‘imagens’ que podem comunicar de forma mais precisa, imediata, nova e profunda às pessoas que não têm muito tempo de ‘banco’ na igreja. Então, vamos agir no espírito de 1Coríntios 14, onde a inteligência é virtude cristã para aquele que busca.

    Terceiro, sugiro que na era do fundamentalismo Islâmico nós tenhamos cuidado com a linguagem jihad e guerra santa? Acho que existe tempo e lugar para isso, mas não acredito que sejam agora. Todos nós precisamos de uma boa dosagem de paz Anabaptist agora, na minha opinião.

    Quarto. Musicalmente, sou o único que gostaria de mais variedade rítmica? Por que é que estou sendo tão abençoado por tantos bateristas e percussionistas criativos por onde quer que eu vá?

    Quinto, nossos líderes de louvor não poderiam enriquecer a experiência musical lendo as Escrituras, orações grandiosas da igreja histórica, confissões, credos e poemas com um fundo musical? Talvez você não goste de música rap, mas esse estilo pode ter algo a nos dizer sobre o poder da palavra dita, a bem escolhida palavra. (Nós já temos muitas palavras mal-escolhidas... acho que você concorda.)
     
    E finalmente, nossos compositores não poderiam começar a ler mais poesia boa, versos bons, para que possam ser sensibilizados pelo poder da linguagem, pela graça de uma frase bem montada e pelo deleite de uma imagem recentemente descoberta, a picada ou soco, carinho ou chacoalhada que é possível quando esforçamos e esticamos um pouco mais a palavra que realmente quer ser dita de dentro de nós? Infelizmente, enquanto muitas das nossas músicas melhoram musicalmente, as letras ainda continuam um pouco ´clichês´ – uma palavra ligada a outra, com uma reciclagem revoltante de linguagem plástica e papel re-usado.

    Não é que nosso Deus, nossa missão, nossa comunidade são dignos de letras de qualidade sobre o que estamos oferecendo? Agradeço por considerar estas coisas. Eu espero que isso seja o começo de uma conversa importante e contínua.

    Seu servo companheiro,

    Brian McLaren

    Para uma descrição autobiográfica do McLaren, por favor, clique 
    http://www.anewkindofchristian.com/biography.html

    Este texto é adaptado de um artigo da revista ‘Worship Leader Magazine’ www.worshipleader.com

    Tradução por Greta Lira e revisado por Fabiana Guimarães.

    FONTE: http://www.vineyardmusic.com.br/treinamento-artigos.asp?p=1&idA=122

    sábado, 25 de agosto de 2007

    Projeto Adoradores - Escola de Treinamento de Levitas - CDs Grátis

    http://www.projetoadoradores.org.br/noticia.asp?codigo=255&COD_MENU=231
    A Escola de Treinamento de Levitas é uma série de ensinos bíblicos para o crescimento de todo cristão que deseja servir a Jesus com mais intensidade, e adora-lo cada dia mais.

    O conhecimento dos Princípios de Deus para todo cristão, nas coisas relacionadas ao culto ao Senhor, é fundamental para tudo o que queremos gerar no Reino de Deus.

    Muito ensino sobre a música, os instrumentos, a conduta do cristão enquanto cultua a Jesus, e enquanto caminha nos passos diários da vida, virão a você através destes CDS.

    Você será edificado, sua família toda será abençoada!

    Se você é um levita que atua na área da música, dança, teatro, instrumentos, iluminação, ou qualquer outra atividade no meio do culto ao Senhor, será tremendamente abençoado e edificado.

    quarta-feira, 22 de agosto de 2007

    Dicas para escolher o repertório

    Dicas para a escolha do repertório

    "1. Escolha algumas músicas que proclamem os grandes temas da fé cristã: glória, amor e santidade de Deus; a cruz de Cristo; a graça de Deus; o reino de Deus entre nós. A intimidade na adoração cresce à medida que verdadeiramente entendemos os atributos do Deus a quem estamos expressando o nosso amor.

    2. Em primeiro lugar, selecione músicas conhecidas. Se, por exemplo, você for cantar seis músicas, precisa ter três músicas que sejam muito bem conhecidas, duas que sejam familiares e uma música que seja nova. Nunca houve tantas músicas de louvor como agora! Existem as composições dos músicos em nossas igrejas. Eu creio que existe uma rica reserva de hinos que podem ser adaptados ao nosso estilo, e que poderiam fazer uma conexão com as igrejas históricas. Lembre-se: ao cantar uma música nova, faça isso por algumas semanas até que as pessoas se familiarizem com ela.

    3. Escolha algumas músicas com letras e nas melodias simples. Tudo está se envolvendo constantemente, sempre partindo do simples para o complexo, e então voltando ao simples. Essa é uma verdade em todas as músicas, e se torna verdadeiro quando a música de adoração é composta. As pessoas realmente precisam de músicas simples, músicas que elas não tenham que ficar se esticando para ler a próxima linha da transparência, e que possam deixar o lado esquerdo do cérebro descansar um pouco.

    4. Selecione músicas que tenham o mesmo 'fluir'. Muitos temas diferentes tornam a coisa confusa. Mudanças em tonalidades descendentes podem auxiliá-lo (ex: C para D para G). Tente passar de uma música para a outra sem interrupções. Não se preocupe se acontecer um período de silêncio e reflexão antes de iniciar a próxima música.

    5. Escolha músicas que proporcionem momentos de adoração espontânea ao final. Isso pode se tornar algo inapropriado se fizermos em todas as músicas, mas no tempo certo reforça o que estamos fazendo. O objetivo não é atravessar as músicas, mas conduzir as pessoas em adoração para que a Noiva (a Igreja) e o Noivo (Jesus) possam se beijar e se abraçar mutuamente. Como você deve ter percebido, nós não falamos nada sobre andamento, ritmo, tamanho ou talento da equipe de louvor, entre muitos outros aspectos.

    A minha esperança é que todas essas sugestões o ajudem a realizar aquilo que considero o maior evento do mundo: a adoração íntima e apaixonada ao Pai.

    Por Larry Levy

    Extraído do site Vineyard"
    Fonte: http://www.gospelmais.com.br/artigos/59/dicas-para-escolher-o-repertorio.html

    quinta-feira, 9 de agosto de 2007

    Princípios de Louvor e Adoração - Pr. J.CARLOS

    Principios de Louvor e Adoração

    EM QUE CONSISTE O LOUVOR?

     

    Louvor, pelo dicionário, é elogiar, dirigir louvores à, enaltecer, exaltar, bendizer, glorificar, aprovar, aplaudir e avaliar. Louvar a Deus, no sentido bíblico é exaltar as suas qualidades, o seja, dizer o que Ele é, o que Ele representa para nós.....(ler mais)

    quarta-feira, 25 de julho de 2007

    Softwares cristãos, arquivos, mp3, imagens, Bíblias, e muito mais para download free

    http://www.linksdejesus.com/downloads/default.asp

    Meu grupo não tem jeito!!

    Um exemplo de fé e perseverança de Ramon Tessmann

    http://www.linksdejesus.com/artigos.asp?nart=93

     

    Meu nome é XXXXXXXXXX, membro da igreja XXXXXXXXX (XX) e gostaria de pedir ajuda ao irmão a cerca de um sério problema que temos em nossa igreja: falta de empenho. Acredito que seja difícil achar uma igreja em que as pessoas tenham menos empenho para a obra; brigam para cantar lá na frente, mas são totalmente irresponsáveis com o ministério: chegam atrasados nos ensaios (quando vão), não querem nem ouvir falar de se aprimorar, não respeitam a liderança, enfim, muitas vezes servem de pedra de tropeço para aqueles pouquíssimos que querem alguma coisa. Entra líder, sai líder e não é resolvido o problema. Gostaria de sua ajuda. Em Cristo,

    XXXXXXXXX

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    Graça e paz de Jesus! Olá xxxxxxxxx,

    Obrigado por compartilhar um pouco de tua vida comigo. Bem, vou tentar resumir um pouco o que acontecia em nosso ministério de música há 8 anos atrás. Por favor não se escandalize :-) :

    1) Éramos músicos cristãos, mas não tínhamos vida de oração, não orávamos em nenhum lugar e em nenhum momento. Quase todos os membros do grupo sequer sabiam o que era oração;

    2) Desrespeitávamos o líder discutindo com ele e falando mal pelas suas costas como se ele fosse um qualquer. Também falávamos mal do pastor quando nossas exigências não eram cumpridas;

    3) Brigávamos para tocar, e quando havia dois músicos no mesmo instrumento só faltava cairmos no soco (teve até uma história de um tecladista que jogou o teclado de 20Kg em cima do baterista);

    4) Os ensaios para nós eram uma festa. O guitarrista ia mas não levava a guitarra, quando levava não queria tocar. O baixista deixava de ir ao ensaio para jogar futebol e às vezes “ficar” com uma menina, eu só ia para murmurar e o baterista só levava fofoca. Assim eram nossos ensaios;

    5) Tocar bem? Não sabíamos o que era isso... aliás, além de sermos ruins éramos orgulhosos (êta turma boa). “Dissonante” para nós era nome de animal;

    6) Dízimos e ofertas? Ai do pastor se ele falasse sobre isso com os “levitas”;

    7) Lembro das inúmeras vezes que tive que pegar o carro para ir buscar o guitarrista em sua casa, senão ele não vinha no culto ou ensaio (que chique, até chofer).

    Bem, este era o cotidiano do nosso “grupo de louvor”. Naquela época eu já pensava: “Essa turma não tem mais jeito, tão tudo perdido!”. Mas Deus construiu um grandioso ministério destas pedras que precisavam ser lapidadas, afinal de contas: “... onde abundou o pecado, superabundou a graça...” (Romanos 5.20)

    Meu irmão, vejo que a solução para o teu problema estejam nas palavras: paciência, perseverança, oração e jejum. O ministério de música de tua igreja tem jeito sim, só precisa ser lapidado, tratado, curado. Deus tem poder para isso? É claro... se o nosso grupo foi restaurado creio que qualquer outro também pode. É claro, sabendo que:

    “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança” (Romanos 5.3)

    Me escreva contando as novidades (lutas e bênçãos). Abração,

    Ramon Tessmann


    terça-feira, 19 de junho de 2007

    O ministério secreto do adorador

    Leia artigos muito importantes para o ministério musical em: http://www.adorando.com.br/comunidade/musicando.asp

    Transcrevo apenas um aqui:

    O ministério secreto do adorador
    Jeremy Cook

    No primeiro ano da nossa conversão, minha esposa Elaine e eu decidimos que tudo o que fizéssemos dali em diante seria feito para levarmos a causa de Cristo adiante. Nós dissemos a Deus que iríamos fazer tudo, iríamos a todos os lugares e pagaríamos qualquer preço para sermos parte do seu plano de amar o mundo por meio da sua Igreja.

    Sendo assim, nós nos esforçamos para amar a Igreja por meio de atitudes que não aparecessem muito - servindo, orando, cuidando, encorajando, doando e dando suporte à Noiva de Cristo de todas as maneiras que pudéssemos. Não foi escolha nossa tornar visível o ministério que Deus desempenha através de nossas vidas. Entretanto, parecia que Deus tinha planos de fazê-lo ser mais visível. Desde aquele dia, nós continuamos a deixar de lado a nossa necessidade de afirmação para podermos realizar o ministério secreto de Jesus, e Ele pôde então decidir nos expor ou nos ocultar de acordo com a sua boa vontade.

    Para cada líder, e cada cristão de fato, as nossas vidas são, sem dúvida, o modo mais barulhento que temos para proclamar as boas novas em Cristo - a nossa vida soa mais alto que as nossas palavras ou a nossa personalidade. Por termos em nossas vidas tanto esses elementos secretos como os visíveis, devemos tentar formar ou reformar o nosso caráter pela busca da santidade. Se não for assim, temos pouca autoridade para conduzir as pessoas - nós perdemos a integridade interior. Deve existir uma certa compatibilidade na nossa busca por Deus, em todos os níveis, da devoção à ação, ou então devemos desistir de conduzirmos as pessoas a algum lugar. Nenhum líder é perfeito, mas o desejo profundo do nosso coração em buscar o Senhor deve ser guiado pelo estímulo interior de simplesmente glorificar o Deus que amamos e servimos. Ele pode fazer com que nós sejamos escondidos, para que Ele apareça.

    Estou convicto que num certo ponto na vida de cada líder, eles terão literalmente que entregar tudo diante do altar de Deus, inclusive a necessidade de afirmação. Então, Deus irá revelar a eles o propósito do seu chamado neste mundo. Existem três maneiras pelas quais a nossa vida particular em completa devoção a Cristo cumpre a sua tarefa no mundo:

    A nossa adoração - Se entregue diariamente. A adoração é o ato de entregarmos a nossa vida no altar todos os dias, em todos os momentos, preferindo a vontade de Deus ao invés do nosso conforto pessoal.

    A nossa caminhada - Escolha ter caráter e devoção puros. A santidade pessoal, sendo verdadeira nos lugares mais íntimos, deve caracterizar as nossas vidas tanto externamente quanto internamente. Em nossa cultura, colocar Jesus em primeiro lugar significa trilhar verdadeiramente o Reino de Deus em meio a um mundo focado em si mesmo.

    As nossas obras - Viva de acordo com o Reino em todas as oportunidades. Nós não vivemos uma fé etérea, desconectada da vida real. A fé em Jesus está totalmente conectada a um mundo que precisa ser tocado, curado, saciado, amado e levado aos pés de Jesus.

    Aceite este ministério secreto de Jesus e você aumentará a sua reputação no céu como um verdadeiro ministro do Evangelho.

    Jeremy Cook é presidente da Vineyard Music Global

    Fonte:www.vineyardmusic.com.br